Foi acertado entre o Vasco e o Ministério Público (MP), nesta quarta-feira (6), a elaboração de uma minuta de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Em caso de acordo, uma nova reunião na próxima semana, em que serão convidados os representantes da prefeitura do Rio, Polícia Militar, Bombeiros, Polícia Civil e da Federação de Futebol do estado (Ferj), visando a assinatura do termo, que será encaminhado ao Judiciário para homologação.
O procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, recebeu os representantes do Vasco e dá Vasco Sociedade Anônima do Futebol (SAF), responsável pela administração do futebol do clube. No local, eles discutiram os requisitos necessários para a assinatura do TAC, para que o estádio de São Januário volta a receber a presença do público.
“A operação de estádios, não apenas no Rio de Janeiro, mas ao redor do mundo, é um tema bastante complexo pois envolve diferentes fatores, inclusive culturais, e compete ao MP zelar pelo cumprimento das regras. Nós acreditamos que as medidas apresentadas pelo Vasco neste plano de ação, utilizando-se de elementos técnicos para implementar melhorias na operação do estádio, podem, caso o clube se comprometa a cumpri-las através da assinatura de um TAC, proporcionar a reabertura de São Januário”, afirmou Luciano Mattos.
O local está impedido de receber público desde o dia 23 de junho, por determinação do Tribunal de Justiça (TJ-RJ) após ter sido palco de conflitos durante partida entre Vasco e Goiás. Como a Vasco SAF recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar reverter a decisão, a atribuição para cuidar do processo passou a ser da Procuradoria-Geral de Justiça.
Durante a reunião, os membros do Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) foram informados sobre o plano de ação elaborado pelo Vasco para aumentar a segurança nas áreas internas e ao redor do estádio.
Entre as medidas planejadas estão a implementação de câmeras de alta resolução, que facilitarão a identificação de possíveis irregularidades, e a introdução de catracas equipadas com reconhecimento facial para o controle de acesso do público. Além disso, estão sendo consideradas iniciativas para agilizar a entrada e a saída dos espectadores, bem como a criação de um posto avançado do Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios (Bepe) dentro das instalações de São Januário.
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