Depois de uma argentina, outra moradora de Búzios é morta a facadas

Ivone Amaral, de 42 anos, foi encontrada sem vida na quinta-feira (21) em sua residência na Rua Esperança, no bairro Cem Braças, em Búzios, na Região dos Lagos do Rio. O corpo apresentava marcas de ferimentos provocados por faca. 

A descoberta foi feita por um casal que, preocupado com a ausência de Ivone no trabalho por dois dias consecutivos, decidiu verificar sua residência. Ao chegar ao local, encontraram vestígios de sangue na entrada, o que os levou a entrar na casa, onde encontraram o corpo da vítima.

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A Polícia Militar do 25º BPM (Cabo Frio) foi acionada para realizar os procedimentos necessários, isolando a área para a realização da perícia. O corpo de Ivone foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Cabo Frio para a realização dos exames necessários. A 127ª DP (Búzios) está trabalhando na investigação do caso, buscando esclarecer as circunstâncias que levaram a essa tragédia. 

Feminícidios aumentam na região

Dados do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM) de Cabo Frio revelam uma preocupante realidade na Região dos Lagos. Entre janeiro de 2021 e maio de 2022, mais de 800 mulheres foram atendidas devido a diversos tipos de agressões, como violência física, moral e sexual.

Os números também destacam a persistência de desafios relacionados à segurança das mulheres na região. Búzios registrou 71 casos de estupro e 151 casos de violência física contra mulheres durante o mesmo período.Além disso, dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) indicam que, entre janeiro de 2022 e 2023, 434 casos de estupro foram registrados na Baixada Litorânea.

O caso de Ivone surge apenas algumas semanas após a morte da argentina Florencia Aranguren, de 31 anos, que foi esfaqueada no último dia 6 enquanto fazia uma trilha para a Praia José Gonçalves, acompanhada de seu cachorro Tronko. Florencia havia se mudado para Búzios há apenas três dias quando foi vítima de 18 facadas, a maioria desferidas no pescoço.

O suspeito do assassinato, Carlos José de França, foi preso em flagrante horas após o crime. Os policiais militares o encontraram em um condomínio tentando lavar manchas de sangue nas roupas.