Esportes

Portuguesa responde ‘brincadeira’ de ministro

Vivendo o momento mais complicado de sua história, a Portuguesa ainda teve que suportar uma ‘brincadeira’ do ministro da Educação nesta quarta-feira (14), dia em que completa 99 anos de existência. Por meio de suas redes sociais, Abraham Weintraub provocou o clube ao comparar os protestos da última terça-feira (13), em São Paulo, com uma festa da torcida rubro-verde.

“Após 46 anos a Portuguesa Futebol Clube finalmente volta a ser Campeã Paulista. A Leões da Fabulosa levou todos os torcedores do time do Canindé para comemorar na Av. Paulista (foto). A frota de combis congestionou a Al. Santos. O fornecimento de pães está suspenso até amanhã”, escreveu Weintraub no Twitter.

https://twitter.com/Lusa_Oficial/status/1161690683066998784

A Lusa, no entanto, não deixou barato e respondeu a postagem do ministro. “O excelentíssimo min. da educação deveria se ocupar em temas mais nobres para o país do que fazer chacota com o sentimento de milhares de torcedores da Portuguesa. Aliás, o nome da Lusa é Associação Portuguesa de Desportos, e não Portuguesa Futebol Clube”, escreveu o perfil do time.

Na noite desta quarta-feira a Lusa divulgou uma nota oficial de repúdio a declaração do Ministro, onde o time pontuou que Weintraub conseguiu em breves linhas desrespeitar a democracia, crenças, ideologias, laços culturais, menosprezando uma manifestação popular.

Leia a nota na íntegra:

Com muita indignação esta Associação Portuguesa de Desportos que sempre respeitou o Poder Público, e que desde sua origem contribui para o crescimento do desporto no país, recebeu a notícia de um post no Twitter pela conta pertencente ao Ministro da Educação, Abraham Weintraub, que buscando menosprezar uma manifestação popular, comparou-a a uma manifestação de torcedores desta Associação.

Primeiramente Sr. Ministro, devemos alertá-lo que nossa educação não é uma primazia, a despeito de sua própria declaração, que como ministro da Educação, conseguiu em breves linhas desrespeitar a democracia, crenças, ideologias, laços culturais.

Não respeitou uma entidade quase centenária, que ao longo de sua história foi celeiro de diversos craques nacional e internacional.

Para se “defender” de uma manifestação democrática, ofendeu uma nação de apaixonados, menosprezando suas conquistas e lutas. Ofendeu nossas origens e também a profissão digna de muitos.

Aqui não é uma comunidade de padeiros, mas temos entre nós muitos deles, e são orgulhos de nossa origem.

Não somos meia dúzia de pessoas, somos milhões, parte deles silenciados por terem sofrido com a maior vergonha da história do futebol nacional, que culminou com o rebaixamento desta Associação no ano de 2013, algo não apurado de maneira contundente pelo Poder Público, cujos desdobramentos estão presentes até os dias atuais.

Mas continuamos de pé, porque o amor não se mede por divisão, nem por quantidade.

Respeite nossa história, respeite nosso amor.

(Gazeta Esportiva)

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