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Barcas levarão passageiros até aeroportos do Rio

O serviço pretende ser mais uma opção de acesso ao Tom Jobim

Investimento para custear a ligação aquaviária conta é de R$ 106 milhões
Investimento para custear a ligação aquaviária conta é de R$ 106 milhões |  Foto: Arquivo/Enfoco

A Prefeitura do Rio lança, nesta quinta-feira (24), o edital de licitação do projeto de transporte aquaviário entre os aeroportos do Galeão e Santos Dumont. O trajeto pela Baía de Guanabara será mais uma opção de acesso ao Tom Jobim como parte dos esforços do Município para retomar o protagonismo do aeroporto internacional da cidade.

O investimento previsto para implantação e compra das embarcações é de R$106 milhões divididos entre Município e a futura concessionária. A Prefeitura investirá até R$24 milhões e o parceiro privado escolhido para construir e operar o serviço por 30 anos será o que oferecer maior desconto no aporte público. A licitação está marcada para o dia 6 de junho.

Serão sete embarcações 100% elétricas, com capacidade para transportar entre 60 e 100 passageiros. O trajeto funcionará todos os dias das 6h às 23h e durará cerca de 35 minutos entre duas estações: uma na Marina da Glória ao lado do Santos Dumont e outra na Ilha do Governador.

Na chegada à Estrada do Galeão o passageiro embarca em um dos quatro micro-ônibus elétricos até o terminal de destino. O trajeto completo deve levar cerca de 45 minutos e o intervalo será de 15 minutos entre os embarques.

A passagem deverá custar no máximo R$20 o trecho. Além do investimento privado a concessionária vencedora deverá pagar ao Município outorga variável de 3% sobre a receita tarifária.

O secretário municipal de coordenação governamental, Jorge Arraes, aposta no sucesso deste novo modal que oferecerá um serviço diferente para o carioca e turistas.

Esta é mais uma iniciativa da Prefeitura para valorizar o aeroporto da cidade que é a cara do Brasil para o mundo. É um trajeto novo, que evita o trânsito em hora de pico na Linha Vermelha e ainda proporciona uma experiência agradável para quem chega ao Rio e já é recebido com alguns dos maiores cartões postais da cidade maravilhosa.

No caminho o passageiro ainda tem uma experiência diferente na cidade com vistas únicas do Pão de Açúcar, Cristo Redentor e da própria Baía de Guanabara. A ideia é criar um transporte sustentável, 100% elétrico e confortável com potencial de atratividade turística, inclusive, para quem voa do aeroporto internacional Tom Jobim.

Galeão: porta de entrada do Rio e do Brasil

Desde setembro de 2021 a Prefeitura do Rio iniciou esforços para valorizar o aeroporto do Galeão, um importante ativo da cidade do Rio de Janeiro. Em 2023 foi anunciado em parceria com o Governo Federal um plano para coordenação de voos entre os aeroportos do Rio que limita voos no Santos Dumont para alavancar o Tom Jobim.

Em fevereiro deste ano, com a inauguração do Terminal Intermodal Gentileza (TIG), a Prefeitura iniciou a operação de um novo modal de transporte ligando o terminal ao Galeão: o TIG x GIG. O ônibus executivo faz o trajeto na calha exclusiva do BRT e chega ao aeroporto em menos de 20 minutos.

Também este ano entrou em operação na Linha Vermelha - principal via de acesso ao Galeão -, uma pista exclusiva para motoristas que têm o aeroporto e a Ilha do Governador como destino, uma forma de diminuir o tempo no trânsito no acesso ao Tom Jobim.

Os resultados já se refletem nos números. Entre 2021 e 2023 o aumento de passageiros foi progressivo e fechou 2023 com 100% de passageiros a mais que dois anos antes. Em 2024 o avanço é ainda mais expressivo.

Apenas nos três primeiros meses do ano a concessionária RIOgaleão já registrou 3,5 milhões de passageiros. Isso é equivalente a 50% do fluxo de pessoas do ano passado.

Companhias aéreas nacionais e internacionais retomaram rotas ou aumentaram a frequência de voos desde setembro do ano passado. São pelo menos 35 novas rotas em operação no aeroporto.

Com este cenário, a expectativa é gerar cerca de 300 mil empregos na cidade do Rio e aumentar o PIB do estado em cerca de R$50 bilhões, como também aumentar o PIB do Brasil em 0,6% em 10 anos.

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