Operação

Presos suspeitos de vigiar e matar por disputas de jogo do bicho

Foram encontradas armas com numeração raspada

A operação é realizada por agentes da DHC
A operação é realizada por agentes da DHC |  Foto: Pericles Cutrim

Nesta terça-feira (11), a Delegacia de Homicídios da Capital deu mais um passo crucial nas investigações do assassinato de Fernando Marcos Ferreira Ribeiro, conhecido como Fabinho, ocorrido em abril de 2023.

Três mandados de prisão preventiva foram cumpridos contra suspeitos ligados ao monitoramento e repasse de informações que levaram à execução da vítima, revelando conexões intrincadas com o submundo do jogo do bicho na região da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Fabinho, segundo apontam as investigações, tinha vínculos com o contraventor Bernardo Bello, que detinha controle sobre os pontos de jogo do bicho na área na época do crime. Essa ligação parece ter sido um fator determinante no desfecho trágico que se abateu sobre Fabinho.

Um dos alvos da operação de hoje é um policial militar do 15º BPM (Duque de Caxias), identificado como Allan dos Reis Mattos, já detido por porte ilegal de arma. Durante a operação, foram encontradas armas com numeração raspada em seu veículo, o que levantou suspeitas adicionais sobre seu envolvimento no caso.

Juntamente com Allan, Marcos Paulo Gonçalves Nunes e Vitor Luis de Souza Fernandes foram presos. Ambos são apontados pela Delegacia de Homicídios como participantes do monitoramento da vítima. Imagens obtidas pela polícia mostram Fabinho sendo seguido em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, um dia antes de sua morte, e Allan aparece nessas imagens de câmeras de segurança.

Entretanto, a trama se aprofunda ainda mais com a menção de Adilsinho, também conhecido como Adilson Oliveira Coutinho Filho. Embora não tenha sido alvo da operação de hoje, seu nome surge nas investigações como o "patrão" dos três alvos detidos nesta terça-feira. Testemunhas relataram que homens ligados a Adilsinho avisavam os donos dos pontos de contravenção sobre mudanças no domínio da área, fornecendo um número de telefone. Segundo as investigações, essa linha telefônica pertencia a Marcos Paulo.

Essas revelações destacam a complexidade do caso, revelando uma rede intricada de relacionamentos e interesses por trás do assassinato de Fabinho. 

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