Tempo de guerra

Estou viajando de férias, fora do Brasil, mas minha atenção está presa no noticiário internacional. O mundo vive uma escalada de tensão e conflito só vistos, de modo parecido, nas duas grandes guerras. Há uma guerra acontecendo entre Rússia e Ucrânia, deflagrada por Wladimir Putin, que deseja reaver o território ucraniano.

Outra guerra acontece no Oriente Médio, iniciada pelo Hamas, com o assassinato de mais de mil israelenses e o sequestro de outros 240, o que debelou uma contraofensiva de Israel, que agora é colocado , pela mídia, como algoz do povo palestino.

Como o mundo é globalizado e tudo que acontece em um lado, repercute do outro, existe uma chance grande de entrarmos em guerra mundial, uma porque há recursos naturais e rotas navegáveis envolvidos, a duas porque, em sendo os recursos sacrificados ou prejudicados, o preço das coisas dispara, o que faz com que as nações se mobilizem. A três, porque o Ocidente não assistirá, impassível, ao avanço de Putin, até mesmo para não repetir os erros cometidos, na época de Hitler.

A guerra é um acontecimento presente em quase todas as culturas e povos. Esta tem o poder de, face à sua brutalidade e às suas consequências, alterar os espectros das vidas e das trajetórias de quem quer que seja atingido por seus efeitos, deixando marcas profundas.

Entretanto, as forças que se movimentam, nas guerras em curso, nas quais outros países tem se envolvido “por procuração”, são letais e extremamente perigosas. Armas químicas, bombas nucleares, com capacidade de destruição em massa, são o ponto central da questão. Falta de abastecimento, fome e miséria são as consequências.

O mapa geopolítico do mundo está prestes a se modificar , e a guerra que se vê, hoje, é entre civilizações : mundo ocidental versus mundo oriental, países comunistas versus capitalista, ditaduras versus democracias. Resta-nos refletir acerca de uma frase de Tolstói, a qual resume bem seu pensamento e a trajetória dos personagens de seus livros: “A sabedoria com as coisas da vida não consiste, ao que me parece, em saber o que é preciso fazer, mas em saber o que é preciso fazer antes e o que fazer depois”.

Atualmente, vivemos uma guerra espiritual profunda. Precisamos evoluir, avançar e combater o mal. “O mal não pode vencer o mal. Só o bem pode fazê-lo”.. Entretanto, para que este prevaleça, é necessário que os homens de bem façam a sua parte. Não será possível vermos as coisas avançarem sem que nada seja feito..

A OTAN já enviou um recado, colocando 90 mil homens em exercícios militares . O Irã também pôs suas tropas na ativa. O Paquistão atacou o Irã, em retaliação a um ataque sofrido. Líbano já atacou e foi atacado . O Qatar avisou que o petróleo vai subir, pois os Houtis estão atacando os navios que fazem suas rotas pelo Mar Vermelho, o que obriga a um desvio de percurso que aumenta em 18 dias a travessia.

As omissões não resolverão os conflitos que estão aí, postos sobre a mesa. A ONU é um organismo internacional que não serve para nada A guerra já é uma realidade, para algumas das nações do Ocidente e do Oriente. Será preciso decidir o que fazer antes, para não haver lamentações acerca do que vier depois.