Gabriel Magalhães

A Suzano após o anúncio do resultado do 2T20

A Suzano anunciou no último dia 13 os resultados consolidados do 2° trimestre de 2020. Foto: Divulgação

A Suzano, uma das maiores produtoras de celulose e integradas de papel do mundo, anunciou no último dia 13 de agosto os resultados consolidados do 2° trimestre de 2020. Prejuízo líquido de 2,06 bilhões, explicado devido ao impacto negativo da variação cambial na marcação a mercado de sua dívida em dólar.

A empresa teve uma expansão de 38% do EBITDA ajustado, nova queda de estoques de celulose e redução da dívida líquida. Os principais destaques do resultado foram o aumento de 25% nas vendas de celulose, acumulando um total de 2.788 mil toneladas, redução de aproximadamente 220 mil toneladas nos estoques de celulose. O custo caixa de celulose sem paradas teve uma redução de 14% e as vendas de papel foram de 235 mil toneladas, uma redução de 22% em relação ao 2T19. As sinergias operacionais foram capturadas conforme o previsto. As vendas de celulose aumentaram mesmo na pandemia e a receita liquida da companhia subiu 20% em relação ao mesmo trimestre de 2019, subindo de R$6,665 bilhões para R$7,996 bilhões. A receita da Suzano tem 80% gerada pelas exportações.

A fabricante de papel e celulose quer que o carbono absorvido por suas florestas seja monetizado através da venda de créditos de carbono, ou seja, empresas que terão de compensar suas emissões teriam a opção de comprar esses créditos na Suzano. Por se desenvolver mais na esfera de medidas socioambientais e de governança, ela se tornou a primeira companhia de papel e celulose do mundo a se destacar pela TCFS (Força-Tarefa Sobre Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima) e conseguiu a certificação internacional que atesta a excelência ambiental da celulose fluff da Suzano por meio do selo EU Ecolabel.

“Estamos dando visibilidade à potencial monetização de carbono nos próximos anos. Somos uma das poucas companhias negativas em carbono, enquanto outras estão colocando metas de redução. Deve haver uma demanda crescente [por créditos de carbono] nos próximos anos e poderemos monetizar esse valor para nossos acionistas”, afirmou Walter Schalka, presidente da Suzano, em teleconferência sobre os resultados da companhia.

Na última sexta feira (14), foi assinada pela Suzano um acordo de Empoderamento das mulheres da ONU, formalizando o apoio aos sete princípios estabelecidos pela ONU Mulheres e Pacto Global, por meio de cerimonia virtual e reforçada pelo presidente da companhia durante o evento “Suzano e Você”. A empresa já assume uma responsabilidade de garantir oportunidades iguais para mulheres. A companhia pretende que até 2025, 30% dos cargos de liderança sejam ocupados por mulheres e 30% por negros.

Os sete princípios são:

  1. Estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de gênero, no mais alto nível.
  2. Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não-discriminação.
  3. Garantir a saúde, segurança e bem-estar de todas as mulheres e homens que trabalham na empresa.
  4. Promover educação, capacitação e desenvolvimento profissional para as mulheres.
  5. Apoiar empreendedorismo de mulheres e promover políticas de empoderamento das mulheres através das cadeias de suprimentos e marketing.
  6. Promover a igualdade de gênero através de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social.
  7. Medir, documentar e publicar os progressos da empresa na promoção da igualdade de gênero.

Para saber mais sobre os princípios de empoderamento das mulheres, clique aqui.

Gabriel Magalhães é formado em Administração pela IBMEC e especializações em Negócios no Brasil e no Exterior, ele fala das tendências no mercado financeiro e os altos e baixos da economia.

Gabriel Magalhães | Economia e Mercados

Formado em Administração pela IBMEC e especializações em Negócios no Brasil e no Exterior, Masters em engenharia econômica pela UFF. Fala das tendências no mercado financeiro e os altos e baixos da economia.

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