Karinne Pierre - Carreiras & Negócios
Por que as empresas precisam se preocupar com a saúde financeira dos funcionários?
Já é uma prática das empresas aplicar ferramentas de gestão de apuração de indicadores diversos, com pesquisas específicas de avaliações, que busquem medir o desempenho dos colaboradores, comparando o apresentado com o esperado.
A área de RH é responsável em conectar possibilidades de melhoria, engajamento e qualidade de vida, participando ativamente no bem-estar e resultados dos colaboradores, ao diagnosticar possíveis gaps, pois conhecendo suas dores, fica mais fácil atuar em benefício da organização.
Colaborar com planos de ação, para que seus funcionários conquistem uma saúde financeira saudável e equilibrada, contribui diretamente em melhorias múltiplas no ambiente de trabalho. É possível combater a causa (falta de educação financeira) e o efeito (falta de dinheiro de dívidas) com a ajuda do setor Recursos Humanos.
A saúde física e emocional dos colaboradores impactam diretamente na produtividade do trabalho. Apesar disso, infelizmente, muitas empresas ainda não perceberam esse impacto direto, da necessidade de atenção e atuação direta do RH nessa temática e no benefício dessa tratativa para os resultados da empresa.
Já temos estatísticas corporativas feitos pela Employee Wellness Survei (2020) que quase 50% dos entrevistados apresentavam dificuldade financeira. Outro dado importante é que 43% dos colaboradores passam 3 horas do expediente refletindo e buscando soluções para suas finanças.
Importante ressaltar que finança pessoal é um assunto delicado e que deve ser estrategicamente levantado por profissionais habilitados, evitando avaliações invasivas por danos morais, considerando que muitos não se sentirão à vontade para compartilhar suas dificuldades.
Funcionários não estão preparados para uma crise econômica, pois muitos já estão em situação financeira frágil e despreparados para lidar com despesas inesperadas, pois os brasileiros não têm o hábito de se planejar financeiramente e, atualmente, contam com a superação do impacto da pandemia do COVID-19 e se esforçam para se recuperarem economicamente.
A intervenção do RH pode atuar na educação financeira em como priorizar seus gastos, quais contas a pagar e como lidar com credores. E, antes que isso pareça um quesito que não tenha valor produtivo para os negócios da empresa, empresas que investem na qualidade de vida dos colaboradores reduzem despesas com a saúde, ligadas ao absenteísmo, e aumentam a produtividade, quando o colaborador atinge uma sensação de tranquilidade, satisfação e gratidão.
Estresse, distração no trabalho, impaciência, desmotivação, faltas ao trabalho, conflitos internos e descontrole emocional podem ser características de uma vida financeira instável.
O diagnóstico da saúde financeira dos colaboradores é só um começo na manutenção de medidas que colaboram para o bem-estar dos colaboradores. Outras medidas podem ser exercidas, como estratégias de manutenção, que promoverão satisfação e mais motivação no trabalho, pois, inadequações financeiras impedem que os funcionários apliquem seu salário em bem-estar próprio, por considerarem supérfluos.
São medidas eficazes de manutenção:
- Adiantamentos salariais, que evitam o uso do cheque especial e contratações de empréstimos com juros altos para resolver problemas pontuais;
- Convênios com clínicas populares, que aplicam valores reduzidos de consultas e exames;
- Empréstimo consignado, que geralmente aplicam juros menores;
- Workshops sobre educação financeira;
- Campanhas e palestras com consultores especializados;
- Parcerias com instituições para usufruir do lazer gratuito;
- Descontos em farmácias;
- Parcerias com descontos em faculdades, cursos e instituição de ensinos;
Tudo isso a custo zero para a sua empresa e deve ser alinhado à cultura interna da empresa, que indiretamente obtém diretamente resultados elevados na performance das suas equipes.
Quando o setor de RH atua estrategicamente no bem-estar geral dos seus colaboradores, os benefícios são imediatos e a longo prazo, além de outros efeitos de grande impacto na rotina corporativa diária: aumento da produtividade, redução do absenteísmo e turnover, que agrega em resultados evidentes na força de trabalho.
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Karinne Pierre é gestora de Departamento Pessoal, Técnica de Recursos Humanos e especialista em Legislação Trabalhista e Previdenciária.
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