Saúde

Perigo! Alerta de 'veneno' em alimentos para crianças

Idec aponta agrotóxicos em produtos direcionados aos pequenos

Biscoitos de maisena também entraram na mira do Idec
Biscoitos de maisena também entraram na mira do Idec |  Foto: Arte / Divulgação

O Instituto de Defesa dos Consumidores (Idec) fez um levantamento mostrando que 12 marcas brasileiras de alimentos ultraprocessados apresentam resíduos de agrotóxicos. Dentre elas: Sadia, Aurora, Panco Ana Maria, Marilan, Triunfo, Fazenda Futuro, entre outras.

O perigo do consumo dos ultraprocessados não é mais novidade, mas a situação está ainda mais perigosa. Isso porque, de acordo com informações publicadas no terceiro volume da pesquisa Tem Veneno Nesse Pacote, foi constatada a presença de agrotóxicos em produtos populares e direcionados às crianças, como bolo pronto, empanados de frango e bebidas lácteas. E não para por aí!

Leia+ Polêmica em Niterói: tentativa de proibir pratos veganos

Leia+ Festas juninas em Niterói; um guia para você não ficar de fora!

Veneno

O veneno também foi encontrado em produtos vendidos como 'saudáveis e sustentáveis', como é o caso de produtos plant-based (feitos à base de plantas).

Entre os produtos químicos encontrados, o herbicida glifosato é o mais presente nos alimentos. A farinha de trigo, amplamente utilizada em diversos produtos, é o ingrediente com maior prevalência de contaminação por substâncias tóxicas à saúde.

Biscoitos de maisena

Os biscoitos de maisena Marilan e Triunfo, tiveram 4 tipos diferentes de pesticidas cada. Já os macarrões instantâneos Nissin e Renata, hambúrguer à base de plantas Sadia, empanado à base de plantas sabor frango Seara e bolo pronto sabor chocolate Ana Maria tiveram 3 tipos detectados.

Sadia

O empanado à base de plantas sabor frango Sadia teve resquícios de dois agroquímicos, enquanto o hambúrguer à base de plantas e empanado à base de plantas sabor frango Fazenda Futuro, presunto cozido Aurora, bolo pronto sabor chocolate Panco e bebida láctea de chocolate Pirakids.

Em uma reunião realizada, no último dia 29, com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) questionou a agência pela falta de um posicionamento mais firme na regulação dos produtos químicos utilizados na agricultura brasileira.

Regulação

A Anvisa afirma que o contato com pesticidas pode se dar a partir de resíduos decorrentes da matéria prima utilizada no produto, como frutas, verduras e cereais. E para medir a contaminação destes, se utiliza o Limite Máximo de Resíduo (LMR) de agrotóxicos, medido em parte por bilhão/parte por milhão, ou seja, em tamanhos a nível de partícula, estabelecido para alimentos in natura (que não passaram por nenhum tipo de processamento industrial).

Ainda segundo a Anvisa, não há uma base conceitual que viabilize uma regulação de mínimo ou máximo para os ultraprocessados.

PAULO PEÇANHA - MAIS LEVE

PAULO PEÇANHA - MAIS LEVE

Paulo Peçanha é nutricionista especialista em emagrecimento, com pacientes em três continentes e responsável pela produção de mais de cinco mil refeições fitness por mês. Apaixonado por promover saúde também é formando em Educação Física e Biomedicina Estética.

< Vai faltar água! Fornecimento interrompido em Itaboraí nesta quinta Bandidos proíbem entrada de motos de app em comunidade de Niterói <