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Renca - Reserva Nacional do Cobre e Associados
No início de setembro, o Governo Federal suspendeu por 120 dias o efeito do decreto que extinguiu a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), uma reserva amazônica de mais de 47.000 quilômetros quadrados, superfície maior que o Espírito Santo. Um dia antes a Justiça Federal já havia expedido liminar no mesmo sentido.
Em pleno 2017 sempre me pego refletindo sobre a mineração. Na maioria das vezes a mineração é um processo complexo, perigoso, que trabalha com material pesado, polui, muda curso de rio, impacta flora e fauna, mexe com comunidades tradicionais, com a terra, tudo para retirar do solo matérias primas que podem servir desde a confecção de uma simples pasta de dente até o comércio de pedras que se convencionou valorá-las como preciosas.
Sem papo de “ecochato” acredito sinceramente que é fundamental decidirmos, governo e cidadãos, o que tem valor para nós. Que tipo de processo de mineração gera riqueza e tem no produto final algo indispensável, que valha todos os riscos? Que tipo de ação permite que o ambiente possa depurar seus impactos de forma sustentável?
Esse tipo de debate deveria permear as políticas públicas do Brasil e o dia a dia de cada brasileiro. É chegada a hora de entender que nossas ações de hoje, seja no que defendemos ou no que consumimos têm consequências reais amanhã, depois de amanhã, daqui há 10, 20 100 anos...
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