Justiça

Ato cobra apuração em caso de morador morto por vizinho em SG

Durval Teófilo morreu ao ser confundido com um bandido quando chegava em casa

Ato aconteceu em frente à sede da especializada que investiga o caso.
Ato aconteceu em frente à sede da especializada que investiga o caso. |  Foto: Marcelo Tavares
 

Representantes do Movimento Negro se reuniram na manhã desta terça-feira (8) em frente à sede da Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG), para cobrar informações na apuração da morte do repositor Durval Teófilo Filho, de 38 anos, que foi baleado ao ser confundido com um bandido pelo sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra. O caso aconteceu na noite da última quarta-feira (2), em frente ao condomínio onde ambos moravam, no bairro Colubandê, em São Gonçalo. 

O ato foi o primeiro que aconteceu em frente à especializada. Segundo os representantes, eles estão se organizando para fazer outra manifestação na porta do condomínio onde o crime aconteceu.

Isso é um absurdo, primeiro mata para depois perguntar quem é. Queremos acompanhar os trabalhos da delegacia Lenilda Campis, representante da UNEGRO.

Já para coordenadora da Frente Nacional Antirracista, Cláudia Vitalino, comparou o caso de Durval com o do congolês Moïse

"Ele era morador,  trabalhador. Na verdade só foi executado porque era negro como foi o caso do congolês Moïse. Queremos que esse caso seja apurado com rigor da lei, porque um tiro pode dizer que é legitima defesa, mas três tira é execução", contou. 

ALERJ

Nesta segunda-feira (7), a família de Durval foi recebida na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) pelas comissões de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania e de Combate às Discriminações e Preconceitos de Raça, Cor, Etnia, Religião e Procedência Nacional. Durval deixou a mulher Luziane Teófilo e uma filha de 6 anos. 

DECISÃO

Após receber um pedido do Ministérios Público d Rio de Janeiro, na última sexta-feira (4), a juíza Ariadne Villela Lopes, da 5ª Vara Criminal de São Gonçalo, aceitou a solicitação para mudar a acusação feita pela Polícia Civil, que imputou ao sargento o crime de homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Com a alteração, ele passou a ser acusado de homicídio doloso, quando existe a intenção.

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