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    'Agressões ao Henry eram gratuitas e sem razão', diz polícia

    Publicado 08/04/2021 às 13:19 | Autor: Cicero Borges
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    Publicada às 13h18. Atualizada às 13h41.

    Imagem ilustrativa da imagem 'Agressões ao Henry eram  gratuitas e sem razão', diz polícia
    Polícia Civil concedeu coletiva de imprensa nesta quinta (8). Foto: Karina Cruz

    As agressões ao menino Henry Borel, de quatro anos, morto na madrugada do último dia 8 de março, foram classificadas pela polícia como "gratuitas e sem razão" pelo principal agressor, o vereador do Rio Dr. Jairinho. Ele e a namorada (mãe da vítima), Monique Medeiros, foram presos na manhã desta quinta-feira (8), sob a condição de investigados.

    Durante coletiva realizada no início da tarde desta quinta (8), os delegados responsáveis pelo caso deram detalhes sobre o que poderia ter acontecido na noite do crime e que Henry já vinha sofrendo outras agressões feitas pelo vereador, mas que não foi repreendido pela mãe.

    "Para nós é muito estranho o fato da criança ter sofrido agressões e a mãe não ter denunciado, não ter se afastado do agressor. Descobrimos prints de conversas anteriores entre a babá e a mãe relatando tais agressões, mas que não foi tomada nenhum tipo de atitude por parte da Monique".

    Henrique Damasceno, delegado titular da Delegacia da Barra (16ª DP)

    Ainda de acordo com a polícia, neste momento está muito clara a participação do casal no crime, e que ambos, além da babá, mentiram em suas falas na delegacia.

    Dr. Jairinho, vereador do Rio, foi preso nesta quinta. Foto: Câmara do Rio

    "O depoimento deles no dia seguinte ao fato foi muito longo e poderiam ter nos contado a verdade. A Monique mentiu, o vereador mentiu e a babá também mentiu. Eles foram presos na condição de investigados", explicou.

    A informação que circulou sobre Monique ter ido ao salão de beleza horas após o crime também foi confirmada pela polícia. 

    A babá da vítima contou às autoridades que a criança recebeu ameaças de Jairinho inúmeras vezes. No momento da prisão do casal, os dois estavam na casa da tia do padastro de Henry. A polícia informou que eles ainda tentaram se desvencilhar dos aparelhos celulares, mas sem sucesso.

    Também houve diligências na casa da babá, onde foram registradas as conversas entre ela e a mãe da criança.

    Trinta dias

    A prisão do casal acontece exatamente um mês após a morte do menino, que aconteceu em um apartamento do casal, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

    Segundo as investigações, relatos de agressões dados pela ex-muher do vereador, além do histórico de Jairinho com o menino Henry, foram determinantes para seu indiciamento no caso.

    O caso segue em andamento e novas etapas ainda devem ser adicionadas aos autos do processo. Jairinho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado por emprego de tortura e sem chances de defesa da vítima.

    Pai faz homenagem

    Nas redes sociais, o pai de Henry, Leniel Borel, fez uma publicação saudosa para o filho nesta quinta-feira (8), data em que a morte do menino completa um mês.

    Henry com o pai, Leniel Borel. Foto: Reprodução/ Redes Sociais

    "Henry, 30 dias desde que te dei o último abraço. Nunca vou esquecer de cada minuto do nosso último final de semana juntos. Deixar você bem, cheio de vida, com todos os sonhos e vontades de uma criança inocente. Desculpe o papai por não ter feito mais, lutado mais e protegido você muito mais".

    Leniel borel, pai de henry

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