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Contos e histórias de escritoras nascidas da solidariedade em SG

Imagem ilustrativa da imagem Contos e histórias de escritoras nascidas da solidariedade em SG
|  Foto: Foto: Divulgação
O livro é um resultado das oficinas de escrita do projeto. Foto: Divulgação

O projeto Escritoras Vivas vai virar livro. Resultado das oficinas de escrita ministradas entre os meses janeiro e março deste ano, o livro Escritoras Vivas - Coletivo de autoras gonçalenses será lançado no próximo sábado (17) a partir das 16h, no Bistrô Cultural D’Avó, no Centro de São Gonçalo.

Contemplado pelo edital da Lei Aldir Blanc (nº 14.017, de 29 de junho de 2020) de fomento à cultura, o projeto ofereceu três oficinas voltadas para criação de textos: Contos, Poesias e Escrita Jornalística para cerca de 30 mulheres. Agora, as “novas” Escritoras Vivas terão suas produções materializadas e eternizadas em livro, publicado pela editora Apologia Brasil, também originária de São Gonçalo. A obra é dividida em três partes, segundo os gêneros literários praticados nas oficinas, e conta com imagens exclusivas da ilustradora e Escritora Viva Dominique Franco. O prefácio é De Ivana Martins e os textos de orelha das escritoras Verônica Inaciola e Thayná Alves.

O lançamento acontecerá de modo híbrido, com evento presencial e transmissão online pelo Instagram (@escritorasvivas). Haverá apresentação musical e venda do livro e de produtos personalizados com a marca Escritoras Vivas.

Todos os protocolos sanitários por conta da pandemia da Covid-19 serão respeitados, como distanciamento social, obrigatoriedade do uso de máscara e uso de álcool em gel. O evento estará aberto ao público com escalonamento de horários para evitar aglomeração, sendo 16h para os convidados da oficina de Contos; 17h para os convidados da oficina de Poesia; e 18h para a oficina de Escrita Jornalística.

O Bistrô Cultural D’Avó fica na Rua Eduardo Vieira de Souza, 122, Centro, São Gonçalo (lateral do Rodo Shopping, final da rua). Outras informações sobre o lançamento estão no Instagram oficial do projeto.

Mobilização cultural e transformação social

Mais do que uma oficina gratuita, o coletivo Escritoras Vivas trouxe incentivo e auto estima a mulheres que antes não acreditavam no próprio potencial de escrita e criação. Algumas, que já escreviam antes, retomaram a prática. Outras que nunca tinham sequer pensado na escrita como possibilidade, se encantaram com a arte e abriram seus horizontes. Lembrando que as oficinas contemplaram mulheres das mais variadas faixas etárias, de 18 a mais de 60 anos, de estudantes a aposentadas.

“Neste livro, está registrada a imagem de São Gonçalo através do olhar de escritoras gonçalenses, que o projeto Escritoras Vivas uniu e incentivou o desenvolvimento por meio de poemas, contos e escrita jornalística”, resume a mais nova ‘escritora viva’ Elizabete Pereira.

“Minha expectativa é de que esse livro seja tão amado pelos leitores quanto por nós. Nós colocamos muito amor nesse projeto, então espero que ele seja recebido com amor também”, diz outra escritora, Clara Kappaun, sobre o lançamento.

“Estou muito feliz em fazer parte desse projeto, a minha expectativa é de que mais meninas-mulheres se sintam inspiradas e encorajadas para continuar correndo atrás de seus sonhos”, conta Vitoria Amora.

“O lançamento do projeto Escritoras Vivas durante uma pandemia será como um raio de luz em meio a tempos tão sombrios. Assim como eu me diverti escrevendo os textos, eu espero que os leitores também tenham momentos de prazer ao viajar nas histórias que contamos aqui”, destaca Lilia Pires.

“Desejo que esse livro venha ser uma janela de inspiração e incentivo para outras mulheres do nosso município”, comenta Deise Pontes, outra ‘escritora viva’.

Origem do projeto

O objetivo é promover a mobilização e expressão cultural. Foto: Divulgação

O projeto tem como principal objetivo ser um coletivo feminino de mobilização e expressão cultural na cidade de São Gonçalo. Idealizadora do projeto "Escritores Vivos", de 2017, que entrevistava autores da cidade, a professora e escritora Yonara Costa percebeu o número ínfimo de escritoras mulheres no município. Onde elas estão?

Com isso, teve a ideia de expandir o projeto para atender a uma perspectiva feminina, nascendo assim, o "Escritoras Vivas" que também leva o selo do Grupo Mulheres do Brasil, criado pela Luiza Trajano, CEO da Magazine Luiza.

“Idealizar o Escritoras Vivas é repensar o papel da mulher na literatura, na sociedade, no mundo. Concretizar o Escritoras Vivas é provar que nós ainda temos oportunidade de ser autoras e protagonistas de nossas próprias histórias”, reflete Yonara Costa, autora dos livros Nua de Verdade e As Minhas Histórias de Amor dos Outros.

“O projeto Escritoras Vivas nasceu do sonho de dar voz e visibilidade para a produção de autoria feminina gonçalense. Esse desejo foi compartilhado por várias mulheres que pensam no coletivo e na sororidade como valores fundamentais. Neste sábado, será a realização de uma etapa importante desse processo de empoderamento feminino na cidade, que só tende a aumentar”, reforça Suzane Silveira, poetisa, autora de Performances Poéticas.

“O lançamento desse livro é o fechamento de um ciclo, a primeira etapa de muitas que ainda estão por vir em busca de mais espaço na cultura e na literatura local e nacional”, completa Cyntia Fonseca, jornalista e autora de Coração de Cleópatra.

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