Problemão
Kanye West perde parcerias por comentários contra judeus
Rapper teve contas bloqueadas nas redes sociais
A marca Adidas encerrou a parceria com o cantor Kanye West, de 45 anos, nesta terça-feira (25) após a repercussão das falas antissemitas que o artista, atualmente conhecido como Ye, proferiu em suas redes sociais.
Em um comunicado oficial, a empresa informou que não tolera qualquer tipo de discurso de ódio e considerou as ações do rapper inaceitáveis.
"A Adidas não tolera antissemitismo e qualquer outro tipo de discurso de ódio. Os comentários e ações recentes de Ye foram inaceitáveis, odiosos e perigosos, e violam os valores da empresa de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça"
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Na nota oficial, a marca não poupou os detalhes, inclusive informou o impacto negativo que o rompimento da parceria vai gerar para a empresa, cerca de R$ 1,3 bilhão no lucro líquido deste ano. A intenção era que a parceria durasse até 2026.
"Após uma revisão completa, a empresa tomou a decisão de encerrar a parceria com Ye imediatamente, encerrar a produção de produtos da marca Yeezy e interromper todos os pagamentos a Ye e suas empresas. Espera-se que isso tenha um impacto negativo de curto prazo de até cerca de R$1,3 bilhão no lucro líquido da empresa em 2022."
A empresa alemã ainda se defendeu da acusação de usar indevidamente os designers de Ye: "A Adidas é a única proprietária de todos os direitos de design de produtos existentes, bem como cores anteriores e novas sob a parceria. Mais informações serão fornecidas como parte do próximo anúncio de ganhos do terceiro trimestre da empresa em 9 de novembro de 2022"
Esta não foi a única marca que decidiu romper o contrato com o artista após suas falas preconceituosas. Na semana passada, a grife Balenciaga e a marca GAP informaram o fim da parceria. Ainda esta semana a agência de talentos CCA e o estúdio MRC também confirmaram que não estão mais trabalhando com Kanye.
Entenda o caso
No mês passado, Kanye usou em um desfile uma camisa com a estampa "White Lives Matter" (Vidas Brancas Importam), fazendo uma alusão irônica ao movimento antirracista "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam). A atitude do cantor foi julgada pela editora colaboradora da Vogue, Gabriella Karefa-Johnson.
O rapper e produtor musical Diddy, também criticou a ironia que Ye fez ao movimento antirracista. Mas o ex-marido de Kim Kardashian não gostou e rebateu a opinião do companheiro, afirmando que ele não sabia o que estava dizendo e que era controlado por judeus.
Ele foi muito criticado pelo povo judeu pelo comentário. Logo depois, ele postou nas redes sociais: ''dormi pouco, mas quando eu acordar vou ‘death con 3’ para cima dos judeus”. Por isso, ele foi acusado de antissemitismo.
O músico buscou se retratar nas redes sociais, entretanto, após as polêmicas, as contas do Twitter e do Instagram foram bloqueadas.
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