Homenagem
Lapa ganha mural gigante com rosto de Milton Nascimento
A inauguração da arte ocorre nesta quinta-feira (18), às 14h

Um mural em homenagem ao cantor e compositor Milton Nascimento, indicado ao Grammy Latino 2025, será inaugurado nesta quinta-feira (18), às 14h, na Lapa, região boêmia e cultural do Rio. O desenho está sendo pintado na lateral do prédio da Associação Cristã de Moços (ACM), na Rua da Lapa, nº 86.
A obra, com cerca de 300 m², colore a paisagem urbana e ocupa uma área com vista privilegiada para os Arcos da Lapa, um dos pontos turísticos mais visitados do país. A inauguração será no rooftop do Sociatel Lapa, localizado na Rua Visconde de Maranguape, nº 9. Do local, o público poderá acompanhar a intervenção artística, que integra uma iniciativa da Secretaria Especial de Direitos Humanos e Igualdade Racial (SEDHIR) do Rio.
Conhecido pelo apelido de “Bituca”, Milton Nascimento ganhou projeção nacional e internacional a partir do sucesso do movimento Clube da Esquina, surgido na década de 1960, em Minas Gerais.
A obra
Intitulada “Semente da Terra”, a obra foi criada e executada pela artista visual, grafiteira e arte-educadora Gugie Cavalcanti, reconhecida nacionalmente por trabalhos de grande escala e pelo compromisso com a valorização das narrativas negras nas artes visuais. A empena conta com a assistência dos artistas Tebla, Aira Crespo, Doog e Ricardo Coé, oriundos da Zona Norte e da Baixada Fluminense, que integram a cena da arte urbana contemporânea. Esta é a primeira participação do grupo na execução de uma empena.
A intervenção é realizada por uma equipe formada majoritariamente por profissionais negros, da produção à autoria, incluindo assistência técnica e trabalho em altura.
“Para mim é uma honra formar essa equipe para criar uma arte gigante com o rosto do Milton Nascimento e levá-la para as ruas da Lapa, um espaço tão efervescente para a cultura carioca. Milton é uma das vozes mais potentes da história da música brasileira e seu legado tem uma força que atravessa gerações. Com essa obra, também convidamos o público a desacelerar, observar e, sobretudo, se ver refletido na paisagem da cidade. É uma reafirmação de que a negritude está no centro da construção cultural brasileira e merece ocupar também o centro das narrativas urbanas”, conta Gugie.

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