Niterói vai ficar mais colorida

Niterói pode ficar mais colorida pelas mãos do artística muralista Eduardo Kobra. Isso porque, pelo menos, três projetos são previstos na cidade. O muro do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap) e o entorno do Mercado São Pedro, no Centro, e edifícios ainda serem escolhidos para visualização na chegada ao município pela Ponte. As intervenções de Eduardo Kobra são reconhecidas mundialmente pelas obras hiper-realistas.

De acordo com o artista, há mais de dois anos ele já vem estudando sobre os tipos de painéis para Niterói e adianta que a arte do hospital será em homenagem aos profissionais de saúde.

"Ela vai ter uma conexão relacionada aos profissionais da saúde, valorizando esses profissionais, dos cuidados dos médicos com os pacientes. Não será relacionado à Covid-19 especificamente, mas com o trabalho deles"

Em entrevista ao Plantão Enfoco em julho do ano passado, o artista falou sobre um boulevard na área mais próxima ao Teatro Popular para contar a história de Niemeyer. O projeto estava previsto para sair do papel em até dois meses, mas com o agravamento da pandemia do novo coronavírus acabou não oficializado.

Kobra já fez uma intervenção artística temporária na cidade para uma campanha publicitária, mas agora, ele quer painéis permanentes.

"Para os prédios, estou pesquisando temas relacionados com a história de Niterói, pois são prédios que podem ser vistos da Ponte, visto por todos que chegarem na cidade, como uma mensagem de boas-vindas"

O artista

Da periferia de São Paulo, Eduardo Kobra nasceu em 1975 no Jardim Martinica e se tornou um dos mais reconhecidos muralistas da atualidade com obras em cinco continentes.

Desde os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, Kobra detém o recorde de maior mural grafitado do mundo. O primeiro, ‘Etnias’, criado para celebrar o evento, tem 2,5 mil metros quadrados; marca superada por ele mesmo em 2017, com uma obra em homenagem ao chocolate que ocupa um paredão de 5.742 metros quadrados às margens da Rodovia Castello Branco, na Região Metropolitana de São Paulo.

Uma de suas obras mais famosas é ‘O Beijo’, executada em 2012 no High Line, em Nova York, mas apagada quatro anos depois. Trata-se de uma releitura cheia de cores da imagem feita pelo fotojornalista norte-americano Alfred Eisenstaedt (1898-1995) em 13 de agosto de 1945, quando o povo saiu às ruas para comemorar o fim da Segunda Guerra Mundial.