Carnaval
Polêmica na Série Ouro: troca-troca de presidentes rende críticas
As mudanças aconteceram em abril de 2024

Após a recente vitória da Acadêmicos de Niterói, na Série Ouro do Carnaval carioca, uma polêmica envolvendo a troca de comando entre a presidência da Liga-RJ e a presidência da escola azul e branca, levantou questionamentos quanto à legitimidade do título. Em nota, a entidade reguladora afirmou que o modelo de gestão é comum e não oferece riscos à integridade do resultado.
É que em abril de 2024, Wallace Palhares – atual presidente da agremiação vencedora – deixou o comando da Liga-RJ para assumir a Acadêmicos de Niterói; enquanto o então presidente da escola, Hugo Júnior, fez o caminho inverso.
Passado o tempo, o "troca-troca" de presidências agora levanta desconfianças quanto ao título obtido pela escola, que vai integrar a elite do Carnaval carioca em 2026 pela primeira vez.
Com o enredo “Vixe Maria”, pelo carnavalesco Tiago Martins, a Acadêmicos de Niterói exaltou a cultura popular das quadrilhas de festa junina e o tradicional São João de Maracanaú, no Ceará, um dos maiores e mais conhecidos do Brasil.
Críticas
Nas redes sociais, o presidente da União de Maricá e prefeito de Maricá, Washington Quaquá, publicou uma nota de repúdio, questionando o resultado da Série Ouro. Segundo Quaquá, a vitória da Acadêmicos de Niterói é "um escândalo".
"A vitória da antiga Sossego é um escândalo! Se fosse a União da Ilha ou a Estácio disputando com o impecável carnaval da União de Maricá, ainda se poderia admitir. Mas esse resultado é desmoralizante! A liga que comanda o acesso não é uma liga — devia-se buscar outro nome no Código Penal! Eu mesmo errei no ano passado ao defender que o prefeito Eduardo Paes não intervisse na liga, mas admito meu erro!", declarou o atual prefeito de Maricá.
O que diz a Liga-RJ
Questionada pelo ENFOCO, a Liga-RJ afirmou que a eleição foi conduzida de ''maneira democrática'', e contou com a participação e aprovação das escolas de samba afiliadas.
''Assim como ocorre em outras ligas carnavalescas pelo Brasil, um representante de uma escola de samba pode ser eleito presidente da Liga. Na Liesa, por exemplo, o atual presidente é conselheiro da Beija-Flor de Nilópolis, e diversos membros de sua diretoria possuem vínculos com outras escolas filiadas'', ressaltou.
A Liga-RJ afirmou ainda que, a prática é comum e garante a titularidade de pessoas que conhecem a rotina das escolas.
''Esse modelo de gestão é uma prática comum no carnaval, garantindo que as decisões sejam tomadas por pessoas que vivem e conhecem de perto o dia a dia das escolas de samba''.
O que diz a Acadêmicos de Niterói
Já a Acadêmicos de Niterói, procurada, ainda não se manifestou sobre os apontamentos.


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