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Theatro Municipal completa 110 anos

Theatro Municipal está de aniversário. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

O Theatro Municipal completa, neste domingo (14), 110 anos de existência com uma programação gratuita e variada. A principal casa de espetáculos do Brasil e uma das mais importantes da América do Sul brindará o público com espetáculos de dança, ópera e música ao longo do dia. Bailarinos da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa e solistas do coro do Municipal estarão se apresentando na Escadaria Interna do Foyer.

Artistas da Orquestra do Theatro também estão na lista de atrações montada para celebrar a história do belo prédio, inaugurado em 14 de julho de 1909.

Temos uma programação totalmente gratuita no domingo que começa meio-dia com várias apresentações. Elas estão sendo oferecidas pelos artistas da casa e também por artistas de fora como a Companha Petrobrás Sinfônica para celebrarmos estes 110 anos de resistência artística e cultural que o Theatro Municipal faz, priorizando as Artes Líricas que são nosso foco como óperas, ballets de repertório e os grandes concertos.

O Municipal está no coração de muita gente, habita o imaginário de todos nós há muitas gerações – contou o presidente da Fundação Theatro Municipal, Aldo Mussi.

Caberá à ópera Fausto, ausente dos palcos cariocas há quase meio século, o papel de encerrar as comemorações pelos 110 anos do Theatro, com uma apresentação às 17h sob a direção musical do maestro Ira Levin.

A montagem, que conta a história de um cientista que vende a alma ao diabo em troca da juventude, imortalidade e de prazeres mundanos, estreou pela primeira vez em 1859, em Paris.

História

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com capacidade para 1.739 espectadores, foi inaugurado pelo Presidente Nilo Peçanha e pelo Prefeito Sousa Aguiar quatro anos e meio após o início das obras, mas a ideia de teatro nacional com uma companhia artística estatal já existia desde meados do século XIX e teve em João Caetano (1808-1863), entusiasta do teatro brasileiro, além empresário e ator de grande mérito, um de seus grandes apoiadores. No início, a casa recebia, sobretudo, companhias de ópera e dança vindas em sua maioria da Itália e da França.

A partir da década de 30, passa a contar com seus próprios corpos artísticos: orquestra sinfônica, coro e ballet, que permanecem até hoje responsáveis pela realização das temporadas artísticas oficiais. Desde a sua inauguração, o Municipal teve quatro grandes reformas: 1934, 1975, 1996 e 2008. A primeira delas aumentou a capacidade da sala para 2.205 lugares e, apesar da complexidade da obra, foi realizada em três meses. Atualmente, o Theatro conta com 2.252 lugares.

"Desejamos que o Municipal volte a ocupar o lugar que é dele por excelência. Esta casa é a guardiã das artes líricas do Brasil e das Américas. Por aqui passaram grandes nomes da ópera, do ballet e dos concertos internacionais. Nossa casa já recebeu presidentes, reis e rainhas de vários países e até o papa. Este é um patrimônio que o Rio de Janeiro e o Brasil têm e que por 110 anos presta serviços. Estamos aqui para garantir que a festa dos próximos 200 anos encontre um Municipal vivo, de pé, e mostrando para o futuro tudo de bom que o passado ofereceu" afirmou Mussi.

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