Exposição

Urna de mais de 600 anos será recriada em evento no Rio

Objeto foi perdido em incêndio do Museu Nacional em 2018

Exposição recriará artefatos indígenas
Exposição recriará artefatos indígenas |  Foto: Divulgação

Uma urna marajoara produzida entre os anos 400 e 1.400 e perdida durante o incêndio do Museu Nacional, em 2018, será recriada, nesta sexta-feira (12), durante o evento gratuito “Ore ypy rã - Tempo de Origem”, realizado pelas curadoras Sandra Benites (Guarani Nhadeva) e Anita Ekman, no MAM, no Parque do Flamengo, Rio. A peça, que deve levar cerca de cinco horas para ficar pronta, será rematerializada através de uma técnica de impressão 3D em cerâmica desenvolvida pelo artista brasileiro Chico Simões.

No decorrer dos três dias de atividades, os visitantes também poderão participar de palestras e debates e, no sábado (13), ter os corpos pintados na oficina interativa com a primeira tecnologia de impressão das Américas: um carimbo de cerâmica também usado entre os marajoaras. O início da exposição acontecerá às 16h, mas a urna estará sendo impressa a partir das 9h. A entrada é gratuita.

O evento, que vai até o domingo (14), também conta com a parceria do Selvagem Ciclo de Estudos, que estará realizando o “Cosmovisões da Floresta”. Com isso, arqueólogos e representantes de povos indígenas e de coletivos discutirão, dentre outras coisas, o destino de artefatos arqueológicos brasileiros espalhados em museus dos Estados Unidos e da Europa. O “Ore ypy rã - Tempo de Origem” acontecerá graças a uma parceria com o Juntes na Cultura, um projeto do Goethe-Institut Rio de Janeiro com o Consulado Geral da França.

Programação

12 DE MAIO

  • A partir das 9h: Impressão da urna perdida no incêndio do Museu Nacional

16h - Abertura da exposição

  • Mesa de Abertura sobre o Projeto Tempo de Origem e o Rematriamento dos artefatos arqueológicos indígenas do Brasil através da arte contemporânea, com Larissa Ye’padiho, Anita Ekman, Cilene Andrade (Coletivo Mangue Marajó) e Isabel Hölzl (Diretora do Instituto Goethe). Mediação: Cristiana Barreto.
  • Palestra da arqueóloga Cristiana Barreto: Cerâmica Marajoara - Patrimônio em diáspora.

13 DE MAIO

10h - Abertura da exposição com reza e música

  • Carlos Papa, Cristine Takua e acompanhamento de violão de Patrick Angello

11h30 – Arqueologia e arte contemporânea

  • Oficina de impressão 3D em cerâmica, criação de carimbos de cerâmica para pintura corporal e pintura em tecido.
  • Atividade aberta para crianças e pais com Chico Simões, Anita Ekman e Verônica Pinheiro.

15h - Conversas com o Objeto - o caso da Urna de Berlim*. Coordenação de Claudia Mattos Avolese, com a participação de Larissa Ye´padiho, Cilene Oliveira Andrade (Atelier Mangue Marajó) e convidados.

*Urna re-materializada pelo projeto Atlas of Lost Finds e Tempo de Origem no Ateliê Mangue Marajó.

16h - Cosmovisões indígenas da floresta

  • A nhe´ery (Mata Atlântica) Guarani e os Sambaquis: Palestra sobre a Nhe´ery de Carlos Papa, Cristine Takua e palestra sobre os Sambaqui e a história indígena da Baía de Guanabara com Diogo Borges (arqueólogo). Mediação: Anita Ekman.

14 DE MAIO

  • Exposição

Serviço

Exposição Ore ypy rã – Tempo de Origem

Datas: 12, 13 e 14 de maio

Local: Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - Av. Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo, Rio de Janeiro

Entrada gratuita

< Globo corta cena de beijo lésbico na novela 'Vai na Fé' e web reage Amando as coisas certas <