O clássico entre Itália e Alemanha, disputado neste sábado (4), no Estádio Renato Dall'ara, em Bologna, terminou empatado em 1 a 1. Pellegrini e Kimmich marcaram os gols da partida válida pela primeira rodada do Grupo 3 da Nations League.
Mesmo fora de casa, os alemães iniciaram a partida pressionando muito a saída de bola e sufocando os italianos - que vinham de derrota pesada para a Argentina, por 3 a 0, na Finalíssima 2022 - que colocou frente a frente os campeões de Copa América e Eurocopa.
Rondando a área de forma perigosa e girando o jogo de maneira coordenada e planejada, a Alemanha rondava a área da Itália perigosamente - mas sem conseguir criar grandes oportunidades nos primeiros 10 minutos. O time da casa sequer conseguia contra-atacar.
Muito acionado e jogando na região central do campo, o lateral-direito de origem Kimmich era quem comandava as ações dos visitantes. Como um termômetro, ele escolhia quando acelerar ou diminuir o ritmo. Pelos lados, Gnabry e Sané eram muito acionados.
Foi de Gnabry, inclusive, o primeiro lance de perigo do confronto. Aos 14, após Kimmich rodar o jogo rapidamente, pegando a defesa desarrumada, o ponta recebeu pela direita e enfileirou dois defensores, finalizando para boa defesa de Donnarumma.
Timidamente, a partir dos 15 minutos, a Azzura começou a sair para o jogo e pisar mais no campo de ataque - principalmente com infiltrações pela linha de fundo. No entanto, ainda muito pouco para causar algum perigo para o experiente goleiro Neuer.
A primeira etapa seguia morna, sem grandes oportunidades claras de gol. Nenhuma das equipes acelerava o jogo a ponto de aumentar o ritmo em busca de abrir o placar. A Alemanha dominava a posse, mas não era incisiva; já a Itália era pouco ativa nos contragolpes.
Aos 25, Gnabry foi lançado na linha de fundo, chegou ao limite do campo e cruzou para trás. A finalização de Müller, que tinha endereço do gol, foi bloqueada pela zaga. Na sequência, aos 26, em mais uma boa jogada individual de Gnabry, Goretzka recebeu na entrada da área e mandou por cima da meta.
Aos 34, a melhor chegada da Itália até então. O camisa 9 Scamacca recebeu na intermediária e tentou a devolução de calcanhar. O passe saiu 'furado' e sobrou para ele mesmo, de frente, soltar a bomba. O chute rasteiro explodiu no pé da trave e saiu pela linha de fundo.
Os alemães responderam aos 38. Em bola muito perigosa dentro da área, a posse passou por Gnabry, Müller e Goretzka perto da pequena área em busca do espaço para finalização. Após corte parcial, ela chegou para Sané - que soltou a bomba e mandou por cima.
O primeiro tempo chegou ao fim sem mais grandes emoções. No grupo mais difícil da competição, os times não se arriscavam muito pela vitória e chegaram ao apito final com um empate sem gols.
Segundo tempo
A etapa complementar começou com a Itália assustando. Logo aos 2 minutos, em jogada individual de Politano, o cruzamento foi feito do lado direito e encontrou Scamacca no meio da área. O centroavante subiu mais que a marcação e cabeceou com perigo, à direita do gol de Neuer.
Aos 7, mais uma chance dos italianos. Ao receber cruzamento da esquerda, novamente Scamacca dominou de costas para o gol e, ainda com a bola no ar, tentou o giro com uma bicicleta - mas a bola saiu fraca e parou nas mãos de Neuer, no meio do gol.
A partida aumentou no ritmo na segunda etapa. As duas equipes corriam mais e aceleravam mais seus ataques, deixando o jogo mais dinâmico e aberto. A melhora levantou também a torcida, que passou a fazer mais barulho e até ensaiou uma 'ola'.
O nível alemão caiu, permitindo o início de uma pressão dos italianos. Aos 24, os donos da casa perceberam os espaços e aproveitaram para abrir o placar. Gnonto fez boa jogada na linha de fundo pela direita e cruzou para Pellegrini, livre na pequena área, empurrar para a rede.
No entanto, mal deu tempo para comemorar a vantagem. Poucos minutos depois, aos 27, Hofmann também fez bom lance individual pelo lado direito e cruzou na área. A bola bateu nas costas de Timo Werner e sobrou para Kimmich, na marca do pênalti, chutar para o gol vazio.
Os gols acordaram o time visitante, que voltou a controlar a partida e chegou com chutes perigosos - principalmente aos 33, quando Gündogan recebeu na entrada da área e finalizou de primeira, obrigando Donnarumma a fazer boa intervenção.
Logo na sequência, Havertz cruzou no segundo pau e Donnarumma cortou com um tapa antes que Gnabry completasse para o gol. No rebote, Hofmann rolou para trás e Kimmich chegou finalizando forte e rasteiro para outra boa defesa do goleiro italiano.
Apesar da movimentação maior na segunda etapa e do empate que não agradava nenhum dos dois lados, os últimos minutos não tiveram grandes tentativas pela vitória. O empate fez com que a Hungria, grande azarão da chave, terminasse a primeira rodada na liderança.
Outros resultados
Também neste sábado, a Hungria surpreendeu e derrotou a Inglaterra por 1 a 0, gol de Szoboszlai, pelo outro jogo da abertura do Grupo 3. O resultado marcou o fim de uma invencibilidade histórica de 22 partidas. Os húngaros não venciam os ingleses desde 1962.
Pelo Grupo 1, com jogos nesta sexta-feira (3), mais duas zebras. A Croácia perdeu para Áustria por 3 a 0, enquanto a Dinamarca venceu a favorita França por 2 a 1. Cornelius saiu do banco para marcar os dois gols da virada dos azarões.
Espanha e Portugal empataram em 1 a 1 na abertura do Grupo 2. Os espanhóis saíram na frente com Morata, mas sofreram o empate por Ricardo Horta já na reta final da partida. Já a República Tcheca superou a Suíça por 2 a 1. Os jogos aconteceram na quinta (2).
Já pelo Grupo 4, na quarta-feira (1º), A Polônia foi a primeira vitoriosa da Liga das Nações ao vencer País de Gales por 2 a 1. No outro jogo, a Bélgica foi goleada por 4 a 1 pela Holanda em show do atacante Depay, que marcou duas vezes.
