Brasileirão
Botafogo reage com mudanças na escalação e no estilo de jogo
Luís Castro altera forma de jogar e volta a vencer após tropeços
O Botafogo derrotou o São Paulo por 1 a 0, nesta quinta-feira (16), no Estádio Nilton Santos. Para isso, várias mudanças foram implementadas para que o Alvinegro deixasse para trás a sequência de cinco jogos sem vencer, sendo quatro derrotas consecutivas. E quase tudo passa pelas mãos do técnico português Luís Castro.
A troca mais visível foi no esquema tático. Enxergando inconsistências no sistema defensivo, o comandante entrou em campo com um 3-4-3, formando uma linha defensiva com cinco homens na hora de marcar. Saravia e Hugo atuaram como alas, mas foram importantes principalmente na recomposição.
A liderança e o senso de posicionamento de Joel Carli deram outra cara à zaga. Cuesta fez mais um grande jogo, enquanto Kanu se recuperou de más atuações anteriores. Os volantes Kayque - que decidiu o jogo na frente - e Patrick de Paula também foram voluntariosos na proteção à área.
Outra mudança determinante foi no estilo de jogo. Antes tentando um time propositivo e que perseguisse altos índices na posse, Castro deu a bola para o São Paulo para atrair o adversário, tirando-o de dentro do seu campo para ter espaço nos contra-ataques.
A flexibilidade nas ideias surpreendeu a muitos, visto que, até então, Luís era irredutível em suas convicções. No entanto, parece ter percebido que nem sempre é possível jogar da sua maneira preferida em um elenco em processo de montagem e no início de uma profunda reformulação no clube - dentro ou fora de campo.
A postura dos jogadores também foi um fator importante para o Botafogo. Mais ligados e concentrados, tanto titulares quanto reservas mostraram bastante entrega e boa compreensão do plano de jogo. O Tricolor Paulista jogou mal - e isso é parte do mérito do treinador alvinegro e seus comandados.
Na frente, Vinícius Lopes e Lucas Piazón deram boa amplitude com jogadas pelos lados. Erison destoou, mas nunca deixou de brigar. A entrada de Matheus Nascimento, dando mais mobilidade e velocidade na segunda etapa, também colaborou. Apesar das individualidades, o coletivo foi o que deu o tom nessa vitória - mostrando união nas comemorações.
Por outro lado, o tempo não volta. As derrotas diante de Goiás e Avaí, dentro de casa, em jogos considerados mais fáceis na teoria, ficaram para trás. Agora o time de General Severiano encara uma dura sequência - com Internacional (fora), Fluminense (casa), Red Bull Bragantino (fora) e Cuiabá (fora), além dos dois jogos contra o América-MG pela Copa do Brasil.
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