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Chelsea elimina Real Madrid e Champions League terá final inglesa

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|  Foto: Foto: Reprodução/Twitter
Werner abriu o placar para o Chelsea. Foto: Reprodução/Twitter

O Chelsea venceu o Real Madrid por 2 a 0 na tarde desta quarta-feira (5), no Stamford Bridge, na Inglaterra, pelo jogo de volta das semifinais, e está classificado para a grande final da Champions League. O gols foram marcados por Werner e Mount, deixando o placar agregado em 3 a 1. Na decisão, os Blues fazem um clássico inglês contra o Manchester City.

Além da rivalidade local, está em jogo o primeiro título do City na historia da Liga dos Campeões. Já o Chelsea busca o seu bicampeonato, já que venceu a competição na temporada de 2011/12. Os Blues chegam à terceira final, enquanto os Sky Blues debutam em decisões do maior torneio da Europa.

O jogo começou concentrado no meio-campo, com muitas recuperações de bola e nenhuma chance concreta de gol. Só aos 11 minutos a primeira oportunidade surgiu: Rüdiger arriscou de longe, com muita força, e Courtois fez a defesa provisória. Na sequência, Mount fez jogada individual pela ponta esquerda e cruzou rasteiro, mas o goleiro cortou novamente.

Em resposta, o Real Madrid fez sua primeira investida. Rodando a bola por todo o campo, avançando um pouco suas peças, os merengues deram seu cartão de visita em chute de Modric, da entrada da área, nas mãos do goleiro Mendy. Os Blues ainda tiveram um gol anulado aos 17; Chilwell recebeu em profundidade, nas costas de Vinicius Junior, e cruzou da esquerda para Werner completar para a rede, mas o assistente assinalou posição de impedimento do atacante.

Com a necessidade de buscar o resultado após o empate em 1 a 1 na Espanha, o Madrid começou a se soltar e subir suas linhas. Em troca de passes rápida pelo meio, Benzema fez o pivô e girou para bater no canto. Mendy voou e fez ótima defesa, mandando para escanteio e evitando o primeiro gol da partida.

O contragolpe foi quase instantâneo. Kanté fez linda jogada, tabelou com Timo Werner, que fez excelente pivô, e deixou Havertz na cara do gol. Ele encobre o goleiro e a bola acerta o travessão, ficando livre para Werner chegar, sozinho, e só encostar a cabeça para colocar o Chelsea à frente no placar.

Os visitantes, que já não vivem sua melhor temporada em termos de bom futebol, não conseguiam emplacar jogadas para reagir ao gol sofrido. A falta de criatividade e inspiração resultava em diversos passes errados e lançamentos para fora. Irritados, os jogadores se cobravam muito diante do panorama perigoso do confronto.

A solução foi apelar para o chuveirinho. Em uma das tentativas, Modric fez cruzamento perfeito, na cabeça de Benzema, que finalizou por cima. Mendy, mais uma vez, saltou para bloquear e evitar o empate. Apesar da vantagem do clube inglês no placar, o goleiro se consagrava como um dos melhores em campo com pelo menos três defesas importantes.

Segundo tempo

Quem esperava um Real Madrid totalmente ofensivo no início da segunda etapa se surpreendeu. Foi o Chelsea quem quase ampliou o placar logo no primeiro minuto, quando Havertz ganhou do brasileiro Militão no alto e acertou linda cabeçada no travessão de Courtois. Ela explodiu na barra e foi para fora.

Aos 7, após linda triangulação com Havertz e Werner, que acertou lindo passe de calcanhar no ar, Mount saiu na cara do gol, tentou tirar do goleiro e acabou chutando por cima da meta, desperdiçando chance claríssima de ampliar o placar e dificultar demais a missão do Real. Até mesmo o técnico Thomas Tuchel lamentou a oportunidade perdida.

Até os 15, os merengues pareciam totalmente atordoados em campo. Os Blues tocavam a bola com velocidade e eficiência, colocando os visitantes na roda e chegando ao último terço com facilidade, atraindo a marcação e, consequentemente, abrindo espaços no sistema defensivo espanhol.

Novamente cara a cara com Courtois, Havertz foi displicente e arrematou em cima do goleiro. O Chelsea empilhava chances desperdiçadas de matar o confronto - ainda mais contra um adversário experiente e traiçoeiro como o Real de Zidane. Vendo seu time flertar com o azar, Tuchel ia à loucura na beira do campo.

Os espaços eram cada vez maiores. O Real Madrid se lançava desgovernado ao ataque e o Chelsea aproveitava os contra-ataques. Aos 20, o sistema defensivo recuperou uma bola na intermediária, Havertz disparou em velocidade e, em um lance de três contra dois, apenas rolou para Kanté. O volante bateu rasteiro, novamente em cima de Courtois - que, até então, evitava uma goleada.

Aos 39, os mandantes finalmente mataram o jogo. Pulisic recebeu pela direita, enganou o goleiro Courtois e cruzou para Mount empurrar para o gol. Alívio para a torcida dos Blues. Tristeza para os torcedores merengues. Não foi desta vez que o Real chegou à sua 17ª final de Liga dos Campeões.

A realidade é que o medo dos ingleses baseava-se apenas no ditado de que "quem não faz, leva". Em nenhum momento da partida o Real Madrid foi perigoso ou esteve perto de marcar. O jogo marcou um domínio absoluto do Chelsea e a vaga na final foi totalmente merecida.

Manchester City e Chelsea se enfrentam no dia 29 de maio, no Estádio Olímpico Atatürk, na Turquia, em jogo único, pela grande final da Champions League.

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