Esportes
Com gol contra incrível, Shakhtar bate Monaco e segue na Champions League
Em partida eletrizante, Shakhtar e Monaco foram à prorrogação e empataram em 2 a 2 no Estádio Metalist nesta quarta-feira (25). Depois da vitória fora de casa por 1 a 0 na semana passada, os ucranianos garantiram a classificação à fase de grupos da Champions League 2021/22.
A equipe visitante iniciou a partida ensaiando uma blitz, visando diminuir o prejuízo do jogo de ida - quando perdeu em casa por 1 a 0 - logo cedo. Aos 2 minutos, os ucranianos erraram na saída de bola e Volland recebeu na entrada da área, dividindo com a zaga. No rebote, Tchouameni solta a bomba, mas a bola resvala em Marlon e vai para escanteio.
O Shakhtar aparentou estar atordoado com a marcação-pressão do Monaco, errando muito no campo de defesa devido às linhas altas do adversário. Aos 13, em mais uma roubada de bola perto da área, Fofana invadiu a área pela linha de fundo e cruzou para trás. Ela correu e chegou até Caio Henrique que, da meia lua, chutou para fora.
O gol já parecia questão de tempo. E foi. Aos 17 minutos, Volland roubou a bola pela esquerda, avançou com ela e invadiu a área até soltar o pé. Pyatov espalmou para o meio da área, e Ben Yedder chegou no rebote para fuzilar a rede. Um a zero para os visitantes e tudo igual no agregado.
Nem mesmo o gol sofrido foi capaz de despertar o Shakhtar. O Monaco continuava com as linhas compactas e avançadas, com apenas o goleiro no campo de defesa. Com quase 60% de posse de bola, os franceses encurralavam os donos da casa em busca do segundo gol - que poderia ser o da classificação.
O primeiro avanço do Donetsk foi aos 30. Tetê fez boa jogada individual pela direita, cortou dois adversários driblando para dentro, mas acabou sem espaço para finalizar. Ele abriu o jogo com Salomon, que invadiu a área pela esquerda e foi bloqueado no cruzamento, conseguindo um escanteio.
Aos 37, o Monaco teve grande chance para ampliar o placar. Em falta lateral, Golovin cruzou no segundo pau e encontrou Badiashile. Ele pegou de primeira e chapou cruzado, vencendo o goleiro Pyatov e carimbando a trave.
No lance seguinte, Caio Henrique recebeu bom lançamento na linha de fundo pela esquerda e cruzou à meia altura, de primeira. A bola correu toda a extensão da área até encontrar Ben Yedder, que só encostou e saiu para o abraço. Dono do jogo, ele marcou pela segunda vez e colocou o Monaco com a mão na vaga.
Antes do intervalo, Ben Yedder ainda ganhou de presente a chance de marcar seu hat trick e carimbar a classificação. Vitão recuou errado, o camisa 10 do Monaco foi esperto e chegou nela antes do goleiro Pyatov. Ele tentou o toque de cavadinha, mas mandou para forae desperdiçou a última chance clara da etapa inicial.
Foram 13 finalizações dos franceses contra apenas uma do Shakhtar. Primeiro tempo de um time só, com domínio absoluto do Monaco. Em 15 minutos de vestiário, Roberto De Zerbi precisaria fazer milagre, reorganizar a equipe, mexer com o brio dos jogadores e voltar à segunda etapa para renascer no jogo.
Segundo tempo
Quem esperava grandes mudanças se decepcionou. A única alteração do Shakhtar para a etapa complementar foi a entrada de Ismaily no lugar de Matviyenko. Os ucranianos esboçaram uma reação, pisando na área adversária em duas oportunidades antes dos 10 minutos - mas sem conseguir finalizar.
Aos 20, a primeira finalização dos Laranjas na seguna etapa. Alan Patric acançou com a bola até a entrada da área e foi derrubado. Ele mesmo ficou com a cobrança e venceu a a barreira do Monaco. No entanto, ela subiu demais e foi para fora.
O Monaco, agora com placar favorável, recuou um pouco as linhas e reduziu a intensidade na segunda etapa. A intenção era se aproveitar do desespero dos ucranianos e tentar encaixar um contra-ataque nos espaços deixados pelos donos da casa para liquidar o confronto.
Nos primeiros 20 minutos, muita burocracia e pouco futebol. O Monaco seguia picotando a partida, deixando o jogo rolar o mínimo possível. Em contragolpe, os franceses ainda chegaram com perigo aos 23, quando Volland serviu Ben Yedder, que parou em boa defesa de Pyatov.
Quando a fatura parecia liquidada, aos 30, Alan Patrick tabelou com Traoré na entrada da área, aproveitou vacilo de Caio Henrique e achou Marlos, sozinho, na cara do goleiro Nübel. Ele chutou de primeira, no canto, diminuindo o placar da partida deixando tudo igual no somatório geral.
O Monaco seguiu mandando na partida mas, já sem seus dois principais jogadores, Ben Yedder e Gelson Martins, já substituídos, a qualidade do jogo ofensivo já não era a mesma. Arriscando mais em cruzamentos e com menos trocas de passes, os franceses seguiam pressionando para tentar evitar a prorrogação.
A grande chance do Monaco veio aos 44, quando Jean Lucas foi lançado pela direita e cruzou rasteiro. Venenosa, a bola ia na direção de Volland, mas Marlon deu toque providencial para atrapalhar. No rebote, Isidor chutou prensado com a zaga.
No fim, já aos 47, mais uma chance para os franceses. Jean Lucas infiltrou na entrada da área e rolou para Volland, que finalizou cruzado, de canhota, obrigando Pyatov a fazer mais uma grande intervenção. Foi a última oportunidade do tempo regulamentar.
Diante da nova regra, que extinguiu o gol fora de casa como critério de desempate, a disputa da vaga foi para a prorrogação. O Monaco mandou no jogo, perdeu várias chances e acabou sofrendo o gol em rara subida trabalhada do Shakhtar Donetsk.
Prorrogação
O tempo extra trouxe uma nova energia às equipes, que estabeleceram um jogo movimentado e equilibrado, no famoso 'lá e cá'. Ambas pecavam no último passe - talvez afetadas pelo clima de alta tensão, já que qualquer erro àquela altura seria praticamente fatal.
O jogo físico era cada vez mais intenso, mas sempre leal. Com poucas faltas, as duas equipes estabeleceram um bom índice de fair play mesmo com algo tão relevante em jogo - a vaga na fase de grupos da maior competição entre clubes do planeta.
O primeiro tempo terminou sem grandes chances, apesar de muito agitado e corrido. Restavam, então, apenas 15 minutos de bola rolando. Caso o agregado permanecesse em 2 a 2, o futuro seria decidido nos pênaltis.
O jogo seguiu truncado e com poucas chances, mas muito corrido. No início da construção de mais um ataque, a sete minutos do fim, Matviienko errou passe simples no meio-campo e permitiu que Fernando puxasse o contragolpe. Ele deixou com Mudryk, que ganhou do lateral na velocidade e tentou o passe para trás. A bola bateu na perna do zagueiro Aguilar, encobriu o goleiro e entrou, em lance de extremo azar.
Não houve tempo para mais nada. O Monaco tentou um 'abafa', já na base do desespero, mas não conseguiu se recuperar do trauma do gol contra após ter a classificação nas mãos. Bom para o Shakhtar que, mesmo com desempenho abaixo dos adversários, conseguiram a sonhada vaga na próxima fase.
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