Brasileirão

Em meio à empolgação, Botafogo encara realidade por reformulação

Expectativa por títulos em curto prazo deve ser repensada

Torcida alvinegra vem fazendo sua parte, mas precisa adequar as expectativas
Torcida alvinegra vem fazendo sua parte, mas precisa adequar as expectativas |  Foto: Vitor Silva/BFR
 

Empolgada com a luz no fim do túnel trazida pelo investidor John Textor, a torcida do Botafogo vem fazendo lindas festas no Nilton Santos e lotando seu setor em todos os jogos fora de casa. Enquanto isso, o clube enfrenta a dura batalha imposta por uma reformulação feita do zero.

O debate é sobre expectativa x realidade. Com a torcida em polvorosa com a promessa de grandes reforços, investimentos em estrutura e a tão sonhada volta à competitividade no alto pelotão do futebol brasileiro, o Alvinegro corre para "trocar os pneus com o carro em movimento".

O nivelamento e a competitividade do torneio nacional não vão esperar pelo Botafogo. A constante troca de peças feita pelo técnico Luís Castro à procura da formação ideal e do entrosamento entre jogadores que nunca atuaram juntos faz o time 'engasgar' e tropeçar diante de adversários mais entrosados.

O discurso interno sempre foi pela busca do meio de tabela neste primeiro momento. Com diversas mudanças acontecendo no clube, o desejo é por uma campanha tranquila e, na base da raça, a busca por uma vaga em competições internacionais. 

Já a torcida, que voltou a sonhar grande depois de muitos anos, precisa de sabedoria para compreender o momento vivido em General Severiano. A presença no G4 nas primeiras rodadas trouxe uma impressão irreal de que a equipe automaticamente se lançaria à briga pelo título - o que não segue o caminho natural das coisas.

Uma reestruturação do tamanho da planejada pelo Botafogo exige tempo, testes, treinos, entrosamento e, sobretudo, paciência. Um time campeão não é formado num estalar de dedos. Críticas e cobranças podem e devem existir, mas levando em consideração o contexto da SAF.

Os clubes de sucesso recentes devem servir como referência. Equipes campeãs como Palmeiras, Atlético-MG e Flamengo não foram montadas em semanas. Nem meses. Anos foram necessários para atingirem o padrão que alcançou os canecos levantados. O caminho ainda é longo no Engenho de Dentro.

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