Libertadores
Estreia do Flamengo na Libertadores pode ser adiada por problemas no Peru
Presidente decretou toque de recolher devido a protestos
A estreia do Flamengo na Copa Libertadores pode não mais acontecer nesta terça-feira (5). Isto porque Pedro Castillo, presidente do Peru, país do Sporting Cristal, primeiro adversário do Rubro-Negro da fase de grupos, decretou toque de recolher após onda de protestos devido ao aumento do preço dos combustíveis.
O duelo entre as equipes está marcado para as 21h30, no Estádio Nacional de Lima - o que infringiria o horário imposto pelo governo, que vai até às 23h59. Como as pessoas não poderiam mais circular na rua após este horário, o jogo não poderia acontecer.
"O Conselho de Ministros, nos termos do n.º 1 do artigo 137.º da Constituição Política, decretou o estado de emergência, suspendendo os direitos constitucionais relativos à liberdade e à segurança, a inviolabilidade do lar e a liberdade de reunião e trânsito nas províncias de Lima e Callao, aprovando a declaração de imobilidade cidadã das 2 da manhã às 11h59 da noite de terça-feira, 5 de abril, para proteger os direitos fundamentais de todas as pessoas, o que não impedirá o fornecimento de serviços essenciais para todos os peruanos", afirma o decreto local.
Diante disso, a Conmebol negocia diretamente junto às autoridades para tentar viabilizar a partida. Uma das possibilidades ventiladas é a realização do jogo diante de portões fechados, vetando a presença das torcidas. Por outro lado, o próprio presidente Castillo defende o adiamento do confronto.
O Ministro da Justiça do Peru, Félix Chero, em entrevista a uma rádio local, falou sobre "reprogramar" o duelo.
"O jogo terá que ser reprogramado. Não esqueçamos que em medidas excepcionais, há ações extraordinárias a serem adotadas. Uma partida de futebol não pode estar acima da tranquilidade do país", afirmou.
A situação é tensa diante dos diversos protestos populares contra o aumento da inflação, principalmente nos preços de combustíveis e fertilizantes, impactando toda a economia do país. Nos últimos dias, houve protestos em cidades e rodovias próximas à capital, resultando em confusão e várias pessoas detidas.
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