Esportes

Eurico Miranda pode ser afastado da presidência do Vasco

O presidente do Vasco da Gama Eurico Miranda e sua diretoria podem ser afastados de suas funções a qualquer momento. O motivo é um pedido ajuizado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) devido a “guerra” travada entre a torcida vascaína no clássico contra o Flamengo, em São Januário, no último dia 08 de julho, que culminou na morte do torcedor David Rocha Lopes, de 27 anos, após ser baleado no tórax durante uma briga nos arredores do estádio.

A ação, segundo o Ministério Público, está baseada no inquérito enviado pelo Grupamento Especial de Policiamento nos Estádios (GEPE) da Polícia Militar. Segundo o MP, apesar do banimento da torcida Força Jovem, alguns de seus integrantes continuam assistindo aos jogos no estádio de São Januário, sendo inclusive contratados como “Steward”, como são chamados os seguranças particulares que atuam nos eventos esportivos. Ainda de acordo com a ação, chegou a ser inaugurado no estádio do Vasco um camarote para esta torcida organizada, conforme verificado em fotografias obtidas nas redes sociais.

No dia do jogo entre Vasco e Flamengo, segundo o MP, o integrante da Força Jovem, Sidnei da Silva Andrade, conhecido como “Tindô”, foi contratado pelo clube para trabalhar como “Steward”, devidamente identificado com crachá do Vasco e colete refletivo. Na ocasião, ele ficou responsável pelo “Portão 09” do estádio, principal entrada das torcidas organizadas do clube.

A ação aponta ainda que outro integrante da Força Jovem, Rodrigo Granja dos Santos, conhecido como “Batata”, integra o quadro de funcionários do clube, exercendo a função de segurança particular. Ele mesmo confessou a vinculação ao Vasco em depoimento prestado em 21 de junho ao juiz de plantão do Juizado do Torcedor.

O órgão defende que o clube mandante e os administradores dos estádios têm o dever de prevenir atos ilícitos que possam ser praticados por torcedores, uma vez que detém o controle das instalações desportivas utilizadas, como preconiza o artigo 14 do Estatuto do Torcedor . No episódio de violência ocorrido na partida entre Vasco e o Flamengo ficou evidente a total falta de condições do Vasco, tanto como mandante de campo, como enquanto administrador do estádio, de receber uma partida da grandeza de um “clássico” entre as duas maiores torcidas do Rio de Janeiro.

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