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Flamengo e Palmeiras: quem tem mais chances de levar o título da Libertadores?

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Flamengo e Palmeiras miram tricampeonato da Libertadores. Foto: Divulgação/Conmebol

Nenhuma final de Copa Libertadores é 'normal'. A maior taça do continente, obsessão de muitos e conquista de poucos. No entanto, a decisão deste sábado (27) é diferente. É tão gigante que ultrapassa a importância de um título internacional; vale a hegemonia da América entre os dois principais clubes do Brasil nos últimos anos.

Palmeiras e Flamengo chegam à finalíssima mostrando naturalidade na competição. Os campeões de 2019 e 2020 colecionam taças em solo nacional. O Flamengo conquistou o Brasileirão em 2019 e 2020, a Recopa Sul-Americana 2020 e a Supercopa do Brasil em 2020 e 2021. O Palmeiras levou a Copa do Brasil em 2015 e 2020 e os Brasileiros de 2016 e 2018.

Não há dúvidas de que a dupla domina o cenário nacional. Agora, a guerra é pela coroa do continente; quem vencer a superfinal de 2021 terá a consagração de que manda em toda a América. O equilíbrio é forte - não só no passado recente, mas na história. Porco e Urubu já se enfrentaram em seis mata-matas, com três vitórias de cada.

O sétimo embate chegou. Em Montevidéu, a Glória Eterna aguarda um dos lados; ao segundo lugar, sobrará a sombria tristeza da derrota. Pois assim é a Libertadores: quem vence voa aos céus, sobre as nuvens, chegando ao paraíso; já quem perde se afunda em um profundo mergulho no inferno.

Dentro de campo

As equipes chegam para o jogo após uma temporada complicada e muito cansativa. A pandemia da Covid-19, além de todas as mazelas causadas à sociedade, também agiu na compressão do calendário da bola. Desta forma, muitas das equipes brasileiras sequer puderam descansar - já que a redonda nunca parou de rolar.

Depois de muitas oscilações, Abel Ferreira e Renato Gaúcho parecem ter encontrado o mínimo equilíbrio necessário para protagonizarem uma final disputada e parelha. O Rubro-Negro, no entanto, foi quem mostrou melhor futebol nas últimas partidas - enquanto o Verdão priorizou a preparação física, rodando o elenco e exibindo um jogo menos vistoso.

Peça por peça, o clube carioca leva vantagem. O desempenho não é o mesmo brilhante de 2019, mas as peças conseguiram estabelecer um padrão muito competitivo. Além disso, o Fla também tem nomes mais decisivos - como Gabigol, Bruno Henrique, Arrascaeta e Everton Ribeiro. Do outro lado, Raphael Veiga desponta como principal peça.

Flamengo e Palmeiras
Gabigol e Raphael Veiga estão entre os favoritos que prometem protagonizar a partida. Fotos: Divulgação

Entre os coadjuvantes, a equipe da Gávea também tem mais para oferecer. Nomes como Filipe Luís, Rodrigo Caio e Willian Arão, além do recém-explodido Michael, podem fazer toda a diferença - cada um à sua maneira. No lado palestrino, Weverton, Gustavo Scarpa e um Dudu longe de seus melhores dias também podem brilhar.

No entanto, todos sabemos que o futebol vai bem além do papel. São 90 minutos de possibilidades infinitas e diversos roteiros improváveis podem surgir. Essa, inclusive, é a graça que nos faz ser completamente apaixonados pelo esporte bretão. Sentar à frente da TV, independente de qual seja o seu time do coração, é parada obrigatória neste sábado.

Nas arquibancadas

Flamengo e Palmeiras
Torcida flamenguista promete lotar as arquibancadas em Montevidéu. Foto: Gilvan de Souza / CRF

Se o equilíbrio promete dominar o campo, as arquibancadas prometem uma história diferente. Rumores ouvidos nas ruas do Uruguai colocam uma proporção de 75%-25% a favor do Flamengo. Com uma procura muito maior pelos bilhetes, os rubro-negros prometem invadir o Centenário para tentar trazer a taça na garganta para o Brasil.

Além da diferença considerável de tamanho entre as torcidas, já que a carioca é a maior do país, é nítida a confiança maior do lado preto e vermelho da briga. Empolgados pelo brilho de tardes e noites no Maracanã pelos últimos dois anos, os flamenguistas sabem da superioridade que carregam - e têm a missão de não deixar o favoritismo se transformar em soberba, o que seria uma grande arma para o lado verde.

Aos palmeirenses, resta o fardo da responsabilidade de cantar por três gargantas - o que já se mostraram capazes de fazer. É da adversidade que os azarões tiram sua força; e o Alviverde Imponente, pelo peso da camisa que carrega, certamente também chegará forte para arrastar o troféu para São Paulo.

No mais, resta criticar novamente o preço absurdo dos ingressos e a completa palhaçada que é a final única. Nosso país é rico e diverso o suficiente para abrigar dois grandes jogos. Nem tudo o que vem da gringa é copiável. Imitem o que for plausível, como a acessibilidade aos estádios e a profissionalização da arbitragem - bem como a criação de uma liga independente forte e unida. Só não queiram nos empurrar goela abaixo essa europeização de plástico.

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