Inglaterra e EUA protagonizam o sétimo empate da Copa do Mundo

Mais um empate! Em jogo válido pela segunda rodada do grupo B da Copa do Mundo, a Inglaterra empatou com a seleção dos Estados Unidos por 0 a 0 nesta sexta-feira (25), no estádio Al Bayt. 

Com o resultado do empate, o tabu permanece, já que os ingleses nunca venceram os americanos em jogos de Copa do Mundo. Agora, o retrospecto é de uma derrota e dois empates no confronto.

Antes da bola rolar, os jogadores ingleses realizaram novo protesto em função da proibição da braçadeira "One Love", em apoio à causa LGBTQIA+ e combate ao racismo. Todos os 11 jogadores se ajoelharam na hora do apito inicial.

Os dez primeiros minutos de jogo foram bem disputados, truncado, com as duas equipes com medo de errar e não se arriscando muito. A seleção americana tentava marcar em linhas altas pressionando a saída de bola dos ingleses para forçar o erro do adversário, já que precisava vencer na partida para ainda sonhar com a classificação para as oitavas de final da Copa.

Mas quem teve a primeira chance foi a seleção da Inglaterra. Bellingham abriu a jogada na direita para Saka na chegada ao ataque. O camisa 17 tocou para o meio da área e achou Harry Kane sozinho. O camisa 9 finalizou de primeira, mas o zagueiro Zimmerman bloqueou na hora, evitando o primeiro gol na partida. 

Aos 16, veio a resposta dos americanos. Após boa troca de passes, a bola chegou na esquerda para McKennie completamente livre, que teve tempo de dominar, pensar, levantar a cabeça e cruzar para a área. Wright se antecipou a marcação e cabeceou à esquerda do gol de Pickford.

Os americanos começaram a gostar do jogo. Com boas trocas de passes e muita velocidade, o time teve a melhor chance aos 25 minutos. O atacante Weah cruzou pelo lado direito e a bola caiu nos pés de McKennie, que finalizou de primeira na entrada da pequena área, completamente sozinho, mas mandou com perigo por cima do gol inglês.

Melhor no primeiro tempo, os Estados Unidos teve mais uma boa chance para abrir o placar aos 32 minutos. Em boa trama pelo meio, Pulisc recebeu na entrada da área, o camisa 10 fez uma linda jogada individual, puxou pra esquerda e mandou um chute forte. A bola explodiu no travessão e saiu pela linha de fundo.

A Inglaterra parecia não estar num dia bom e não acertava na marcação. Somente aos 35 minutos que eles conseguiram chegar na área do time americano. Após cruzamento, a bola ficou pingando de um lado e pro outro. O time inglês pediu toque de mão na jogada, mas o árbitro da partida mandou o lance seguir e a zaga afastou o perigo.

Nos últimos cinco minutos do primeiro tempo, o jogo ficou animado, com chances para os dois lados. Aos 42, o time dos Estados Unidos chegou mais uma vez, e novamente pelo lado direito de ataque. Dest cruzou e Pulisic tocou de cabeça na pequena área. A bola passou rente à trave direita de Pickford, que só olhou a bola sair.

Dois minutos depois, foi a vez da Inglaterra responder. Luke Shaw fez grande jogada pela esquerda, foi até a linha de fundo, entrou na área e cruzou rasteiro para trás. Saka se antecipou a zaga americana em velocidade e chegou batendo de primeira, mas a bola saiu por cima do gol.

No minuto seguinte, aos 45, Sterling puxou ataque em velocidade e chutou forte rasteiro da entrada da área, obrigando o goleiro Matt Turner a fazer uma boa defesa e espalmar para escanteio.

Números do 1º tempo de Inglaterra 0 x 0 Estados Unidos:

🥅Finalizações: 4 x 6
🧤Finalizações defendidas: 1 x 1
⏱️Posse de bola: 61% x 39%
🎯Precisão dos passes: 88% x 85%
❌Faltas cometidas: 4 x 6
⚔️Desarmes: 7 x 3
⛳️Escanteios: 2 x 2#INGxEUA

📷: Reuters pic.twitter.com/T4KJgbFshC

— Espião Estatístico (@EspiaoEstatist) November 25, 2022

Segundo tempo

Na volta para a segunda etapa, as equipes não tiveram nenhuma alteração. Nos primeiros 10 minutos, se resumiu basicamente ao que foi quase todo o primeiro tempo, com o time americano mais ofensivo - mesmo com menos posse de bola - tentando achar algum buraco na defesa da Inglaterra. E logo aos três minutos, chegou pela primeira vez.

O camisa 10 Pulisic puxou contra-ataque pelo meio, tocou para Wright, que chutou e bola explodiu na defesa inglesa. No rebote, a  bola sobrou para McKinnie, que chutou por cima do gol, sem levar perigo.

Diferentemente do que foi os primeiros 45 minutos - quando se teve muitas chances - na etapa final não se viu muito isso. Com um jogo mais burocrático, pegado e com muitas faltas, o jogo ficou morno, num ritmo mais abaixo e com poucos chutes a gol.

Com uma atuação abaixo do esperado e com domínio dos americanos, o técnico da Inglaterra, Gareth Southgate colocou Jack Grealish e Jordan Henderson em campo, nas vagas de Bellingham e Sterling, tentando dar mais poder ofensivo ao ataque inglês.

Caminhando para o final da partida, a seleção da Inglaterra tentava equilibrar a partida e voltava a ter mais a posse de bola e trabalhava com calma tentando infiltrar a zaga americana. Aos 42 minutos, a Inglaterra conseguiu uma boa troca de passes, com Grealish tocando de calcanhar para Rashford na esquerda e o atacante bateu para o gol, mas bola saiu fraca e fácil para o goleiro Matt Turner encaixar.

A última chance de gol na partida foi dos ingleses. Em cobrança de falta cobrada pelo lado esquerdo de ataque, Luke Shaw levantou na área e Harry Kane cabeceou forte. A bola saiu tirando tinta da trave, levando perigo ao gol americano.

Com o empate, a Inglaterra não consegue quebrar o tabu, mas permanece na primeira posição do grupo B, com quatro pontos conquistados. Em segundo, está a seleção do Irã, com três pontos. Já os americanos, chegaram a dois pontos ganhos, ficando na terceira colocação. E na lanterna do grupo, País de Gales tem apenas um ponto e está praticamente eliminada. As equipes voltam a campo na próxima terça-feira (29).