Maricá sedia, pela quarta vez consecutiva, o Campeonato Brasileiro de Tiro com Arco. A 46° edição do evento está sendo realizada na sede da Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTarco), em Itapeba, e vai até este sábado (14). Por conta da pandemia do novo coronavírus, o público não pode participar presencialmente.
De acordo com o coordenador técnico da Confederação Brasileira de Tiro com Arco, Eros Fauni, 88 atletas de 16 clubes de 11 estados do Brasil participam da competição.
"O número de competidores é quase metade do que tivemos no ano passado por conta das restrições que colocamos devido à pandemia. Normalmente, três arqueiros atiravam por vez, mas tivemos que reduzir a um, porque no momento em que atiram eles não usam máscara", contou Eros.
Nesta quinta-feira (12), as classificatórias acontecem até as 17h. Já na sexta-feira (13), os atletas passam pelo confronto mata-mata para então, no sábado (14), ser realizada a grande final.
Com um currículo extenso como atleta de Tiro com Arco, Renato Emílio que é medalhista pan-americano com quatro participações olímpicas, atua como coach da Escola de Arqueiros que leva o seu nome.
"Viemos para quebrar o jejum sem esperar algum resultado. Estamos trabalhando e fazendo um estudo de como podemos otimizar a equipe nesse tipo de competição. Tanto o arqueiro quanto o técnico tem que se situar porque o aproach é todo outro, devido ao afastamento, o não toque na hora da instrução", afirmou.
Atletas de Maricá
João Cruz, presidente da Federação de Tiro com Arco do Rio de Janeiro, destacou a importância dos atletas da cidade na modalidade.
"Aqui é onde temos o maiores atletas da modalidade olímpica. Marcos D' Almeida nosso grande arqueiro e Ane Marcelle dos Santos que está liderando o campeonato brasileiro e ainda tem a melhor classificação de uma olímpiada do Brasil", afirmou.
Medalhista dos Jogos Pan- Americanos em Lima no Peru em 2019, Marcus D'Almeida, que já está classificado para os Jogos de Tóquio em 2021, falou sobre a sua expectativa em alcançar o pentacampeonato na modalidade.
"Apesar de estar bastante preparado, eu tive alguns contratempos com o meu arco que apresentou um problema. Vai ser um campeonato diferente para mim, pois não vou competir com o arco que estou acostumado e que atiro há muitos anos. Por outro lado, é sempre bom competir em casa, eu treino aqui todo dia e essa é uma das vantagens que eu posso ter", avaliou.
A atleta olímpica, Ane Marcelle dos Santos tirou o primeiro lugar nas classificatórias e contou sobre sua atuação nesta quinta-feira (12).
"Foi difícil porque começou a ventar no segundo round, mas eu consegui manter a minha pontuação. Agora é pensar na eliminatória que é o mata-mata. Tenho que lutar para passar todos e ficar em primeiro. Mesmo estando acostumada, ainda sinto um frio na barriga, mas consegui controlar e mative a minha média", detalhou a atleta.
Ana Luiza Sliatchicas Caetano, que também participou dos Jogos Pan-Americanos de Lima, afirmou que apesar do vento ter atrapalhado, a sensação de estar de volta competindo foi a melhor possível.
"A gente nunca tinha passado quase que um ano inteiro sem competição, foi bom sentir de novo a pressão de estar no campo", afirmou.
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