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Maricá vence Angra dos Reis e entra na zona de classificação da Série A2

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Maricá venceu mais uma no Alzirão e subiu ao segundo lugar. Foto: Reprodução

O Maricá segue forte na briga por uma vaga na elite do Campeonato Carioca. Nesta quarta-feira (16), o Tsunami da Região Oceânica venceu o Angra dos Reis por 2 a 1 no Alzirão, em Itaboraí, e assumiu a segunda colocação do Grupo B da Taça Santos Dumont, o primeiro turno da Série A2.

Em busca do resultado em casa, a equipe maricaense partiu com tudo logo nos primeiros lances. No primeiro lance, antes dos dois minutos, em cobrança de escanteio, o zagueiro Helton finalizou duas vezes para mandar a bola para a rede, mas o juiz marcou alguma irregularidade no lance, anulando o primeiro tento do Tsunami.

O Angra tratou de amarrar o confronto e emendou três atendimentos médicos demorados dentro de campo antes mesmo dos dez minutos, freando o ímpeto dos mandantes. Com a bola rolando, o confronto seguia muito amarrado e com muitas faltas, com as duas equipes marcando forte e sem dar espaços. A briga pela posse de bola era intensa no meio-campo, mas sem levar perigo aos goleiros.

Aos 17 minutos, um lance muito polêmico. Em nova cobrança de canto, a bola foi desviada no primeiro pau pelo zagueiro Índio e acabou batendo no braço aberto do lateral Wallace, do Angra. O juiz mandou seguir e foi muito pressionado pelos jogadores do Maricá. Na sequência, o jogo parou novamente para mais dois atendimentos médicos seguidos à equipe visitante - que, aos 20 minutos, já havia feito duas alterações por lesão.

O Angra não conseguiu segurar o empate por muito tempo. Aos 24, Mauro lançou por cima, Luan Gama chegou pela linha de fundo e cruzou rasteiro para Jonathan Chula. O camisa 9 se jogou na bola e fez um belo desvio com a parte externa do pé, se antecipando ao goleiro Junior e abrindo o placar da partida.

A primeira chegada dos visitantes aconteceu apenas aos 29 minutos da primeira etapa. Em bate-rebate na entrada da área, a bola sobrou nos pés de Janderson, que soltou a bomba. Arthur, um dos pilares da equipe do Maricá, estava bem posicionado e fez linda defesa no canto esquerdo. Em resposta, na sequência do lance, o time da casa quase ampliou em jogada idêntica à do primeiro gol - mas Chula não alcançou a bola desta vez.

Com a desvantagem no placar, o Angra precisava tentar mudar seu plano de jogo e abandonar o estilo reativo. Por outro lado, o Maricá tentava evitar subidas bruscas como fazia antes de abrir o placar, agora esperando os espaços deixados pelos avanços do adversário. O meia Mauro, um dos melhores em campo até então, precisou ser substituído aos 35. Maranhão entrou em seu lugar.

Aos 42, lindo lance no Alzirão. Dedé cobrou falta da entrada da área e acertou a gaveta, mas o goleiro Junior voou para fazer a ponte e evitar o gol. No rebote, Jonathan Chula cabeceou na trave e o zagueiro Índio empurrou para o gol, mas o jogo já estava paralisado pelo bandeirinha, que sinalizava o impedimento do ataque maricaense - no último lance de perigo antes do intervalo.

Apesar de poucas chances claras de gol, o Maricá foi amplamente superior ao Angra dos Reis na primeira etapa. Os visitantes só assustaram em um lance isolado, quando Arthur fez boa defesa. No entanto, os mandantes controlaram a posse de bola e administraram a partida de ponta a ponta nos primeiros 45 minutos.

Segundo tempo

Sem querer dar mole para o azar, o Tsunami da Região Oceânica começou a segunda etapa da mesma forma que na primeira: pressionando a defesa adversária e conseguindo um escanteio logo no primeiro lance. Em cobrança aberta de Dedé, o goleiro Junior falhou na saída e Jonathan Chula, no segundo pau, cabeceou para dentro da área. Paulo Vitor, o camisa 10 da equipe, sozinho na pequena área, apenas escorou para o gol e saiu para o abraço.

Aos 5 minutos, Dedé caprichou no escanteio novamente e o Helton subiu mais que todo mundo para cabecear rente à trave esquerda de Junior. A bola aérea é um dos pontos fortes da equipe do técnico Marcus Alexandre, que vem fazendo um ótimo trabalho desde 2020.

A vantagem no placar fez o Maricá relaxar na partida. O Angra aproveitou o cochilo para diminuir o placar com Jean. Em cruzamento rasteiro pela esquerda, o sistema defensivo maricaense falhou e deixou o camisa 17 livre na marca do pênalti. Ele ajeitou o corpo, bateu de canhota à meia altura e venceu o goleiro Arthur para reduzir a vantagem da equipe da casa.

O Maricá sentiu o gol inesperado e a partida ficou tensa, com avanços perigosos dos dois lados. Aos 15, Dedé tabelou com Chula e saiu na cara do gol, na entrada da área, e chutou forte para grande defesa de Junior. Logo em seguida, no contra-ataque, Jean ganhou de Magno dentro da área e chutou cruzado, com muito perigo, quase empatando o jogo - mas a bola saiu raspando a trave esquerda de Arthur.

O Angra dos Reis igualou as forças e deixou o jogo bem mais aberto, com espaços para ambas as equipes - diferente do primeiro tempo, onde as ações estavam bem mais amarradas. O Maricá perdeu o controle da partida e viu o adversário se tornar perigoso com as alterações realizadas no intervalo, esperando espaços para encaixar um contra-ataque e tentar matar o confronto.

Aos 29, mais um momento preocupante para o time maricaense: o goleiro Arthur, que já havia recebido atendimento médico no gramado, precisou ser substituído. Julio, titular em boa parte da última temporada, entrou em seu lugar. Jonathan Chula, cansado, também deu lugar ao atacante Joel.

O Maricá quase matou o jogo em contra-ataque puxado por Maranhão, aos 37. Ele avançou pela esquerda, passou por dois e rolou para trás. Luis Felipe chegou chutando e a bola parou nos pés de Dedé, de costas para o gol, na marca do pênalti. Ele fez o giro e chutou forte, à direita da meta de Junior. Na sequência, em novo contragolpe, Joel chutou forte e também tirou tinta da trave direita do Angra.

Nos minutos finais, o Angra dos Reis partiu para o abafa, mas parou em diversas tentativas de cruzamento sem perigo. Com seis minutos de acréscimos dados pelo juiz, o goleiro Julio cresceu nas interceptações e evitou as ameaças na grande área do Maricá.

Apesar de ter surpreendido ao diminuir o placar, o Angra dos Reis não conseguiu aproveitar o período de instabilidade dos mandantes para buscar o empate. Nos 15 minutos finais, o Maricá reencontrou o equilíbrio e apenas administrou o jogo. Apesar do vacilo no gol sofrido, o time mostrou regularidade e merece estar na zona de classificação.

Classificação

Com a vitória na terceira rodada da Taça Santos Dumont, a equipe maricaense segue invicta na competição e chegou aos sete pontos, com duas vitórias e um empate. Com os três pontos desta quinta (16), o Maricá assumiu a segunda colocação, atrás apenas do Sampaio Corrêa - que também tem sete pontos, mas fica na liderança devido ao saldo de gols.

Audax e América, com quatro pontos cada, vêm logo em seguida, em terceiro e quarto, respectivamente. Com um pontinho no torneio, Angra dos Reis e Macaé já começam a ficar para trás e estão praticamente eliminados das semifinais do primeiro turno.

No Grupo A, o Artsul assumiu a liderança com sete pontos e o Friburguense saltou para a segunda colocação com seis. O Americano fica em terceiro, com quatro pontos ganhos. Na sequência, a Cabofriense vem em quarto lugar, com três pontos, empatado com o Duque de Caxias, que vem em quarto. Na lanterna, o Gonçalense, com apenas um ponto ganho.

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