O médico do Flamengo, Márcio Tannure, enfrentou questionamentos durante sua participação no evento Futsummit, sediado no Museu do Amanhã, no Centro do Rio, nesta quinta-feira (28). O tema em destaque foi a suspensão do atacante Gabigol por dois anos, devido a uma tentativa de fraude em um exame antidoping.
Durante a entrevista, Tannure evitou abordar diretamente o caso de Gabigol, seguindo a orientação do clube, mas expressou apoio à realização dos testes antidoping, apesar de reconhecer que podem ser desconfortáveis para os jogadores.
"A gente é a favor para que tenha jogo limpo. Não sou hipócrita de dizer que é confortável. Mas tem coisas que são obrigatórias, fazem parte do processo", afirmou o médico.
O médico do Flamengo elogiou a frequência dos testes antidoping no Brasil, destacando o compromisso do país com a integridade no esporte.
"Aqui no Brasil, nós temos que elogiar, porque o futebol é o esporte mais testado. (...) É óbvio que nenhum jogador gosta de ser testado, tem uns com medo de agulha para fazer o exame de sangue. Temos que entender a peculiaridade de cada um. Mas é óbvio que somos a favor do antidoping", acrescentou.
A punição de Gabigol teve início em 8 de abril de 2023, data em que ocorreu o exame surpresa no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, no qual o jogador teria tentado burlar o procedimento. Consequentemente, ele está impedido de competir até abril de 2025.
O Flamengo alega que a decisão de Gabigol de realizar o exame após o treino foi orientada pelo departamento médico, pois ele já estava em atividade física quando os agentes antidoping chegaram, o que impossibilitou a coleta de urina.
Diante da situação, a defesa do ídolo rubro-negro pretende entrar com um pedido de efeito suspensivo, buscando permitir sua participação em jogos até o julgamento do recurso. Além disso, o Flamengo planeja apresentar um recurso à Corte Arbitral do Esporte (CAS), em uma tentativa de reverter ou reduzir a pena aplicada.
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