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    Oswaldo questiona Ganso como capitão no Fluminense

    Publicado 04/10/2019 às 1:25 | Autor: Plantão Enfoco
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    Foto: Lucas Merçon/ Fluminense

    Nesta quinta-feira (3), o técnico Oswaldo de Oliveira, demitido pelo Fluminense na última semana, concedeu sua primeira entrevista após deixar o Tricolor das Laranjeiras. Ao programa “Seleção SporTV”, do canal Sportv, o treinador falou sobre a troca de ofensas com Paulo Henrique Ganso durante a partida contra o Santos, episódio que culminou em sua saída do clube carioca.

    “O jogador não me ofendeu porque eu tirei ele do jogo, eu tirei ele do jogo porque ele me ofendeu. Quando nós pressionávamos o time do Santos e eles sentiam que não dava para sair jogando, o goleiro fazia uma diagonal, ou no Soteldo, ou no Marinho. O gol deles saiu em uma jogada assim. E o que tínhamos treinado, enfatizei na preleção e retomei no intervalo, era que não adiantava pressionar o goleiro, tínhamos que obrigar a quebrar essa bola longa e os quatro que saíam na pressão deveriam recuperar rápido para ganharmos a segunda bola. Só que nessa alternativa, isso não aconteceu. Eu gritei para ele ‘volta, volta, volta’ e ele me ofendeu. E eu falei ‘não dá para ele continuar no jogo depois do que ele disse para mim'”, declarou o comandante.

    Oswaldo ainda comentou o fato de Ganso ter sido o capitão do Fluminense na partida seguinte ao ocorrido. “Não sei como interpretar. Do meu ponto de vista, essa não era a melhor maneira nem de premiar, nem de punir, nem de tornar mais responsável. Esse enredo tinha que ser escrito de uma outra forma. Porque estava muito recente. E soa realmente como uma premiação e como uma punição ainda maior para mim, que cheguei e encontrei um estado de coisas, o Fluminense de uma maneira, e cheguei para ajudar, e não para criar problemas”, disse.

    O treinador também detalhou o clima com o meio-campista no vestiário logo após a polêmica. O técnico garantiu que tentou se reconciliar com o jogador perante o restante do elenco tricolor, mas, apesar disso, revelou que não houve pedido de desculpas por parte do camisa 10.

    “Tomei uma atitude no fim do jogo, deixei dar uma acalmada. Tem aquele fechamento, na corrente, chamei o Paulo Henrique, e disse: ‘me dá um abraço, o Fluminense não merece isso. Estamos aqui para resolver a situação, não para criar um problema. Acima do nosso orgulho e vaidade, precisamos pensar primeiro no clube, que está passando uma dificuldade muito grande’. E houve uma aceitação geral, todos concordaram de que nós precisávamos estar voltados para o objetivo do clube, que é escapar da zona do rebaixamento e manter o time na Série A. Não aconteceu (o pedido de desculpas). Ele aceitou o abraço, nós nos confraternizamos em nome da situação que precisávamos nos confraternizar, mas não houve pedido de desculpas”, acrescentou o Oswaldo.

    Ocupando a 16ª colocação com 22 pontos, o Fluminense luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Após a demissão de Oswaldo de Oliveira, o auxiliar Marcão ficou com a responsabilidade de comandar o Tricolor interinamente. Pela próxima rodada da competição nacional, a equipe carioca enfrenta o rival Botafogo no Engenhão, em duelo marcado para domingo (6), às 16h.

    (Gazeta Esportiva)

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