Esportes
Por Eriksen: 'Dinamáquina' elimina República Tcheca e vai às semis da Euro
Superação. Essa é a palavra que melhor define a campanha da Dinamarca na Eurocopa após perder seu principal jogador em um mal súbito e viver momentos de tensão logo na estreia. Neste sábado (3), os companheiros de Eriksen escreveram mais um bonito capítulo na competição ao vencer a República Tcheca por 2 a 1, no Estádio Olímpico de Baku, no Azerbaijão, e garantir vaga nas semifinais.
Os dinamarqueses sequer deram tempo para os tchecos respirarem. Logo aos 4 minutos, Stryger cobrou o escanteio na altura da marca do pênalti e Delaney subiu sozinho para testar para o gol. A bola vai forte, no canto, sem chances para o goleiro Vaclík. Atônitos, os defensores se olhavam e pareciam se questionar como puderam vacilar tão cedo na partida.
A partir do gol, a República Tcheca tentou povoar o campo ofensivo para buscar o empate. Com dificuldades para criar chances perigosas, a aposta era em cruzamentos e chutes de longe. No entanto, apenas dois remates acertaram o gol defendido por Schmeichel durante toda a primeira etapa, enquanto outros cinco foram para fora.
A melhor chance dos tchecos foi criada pelos próprios dinamarqueses. Schmeichel errou na saída de bola e Masopust recuperou na intermediária. Ele avançou em direção à área e achou bom passe para Holes, que chutou no meio do gol. O goleiro da Dinamarca se redimiu ao fazer defesa tranquila.
Enquanto atraía a República Tcheca para o seu campo, a Dinamarca buscava os espaços nas costas da defesa. Após tentar dois ou três contra-ataques, os comandados de Kasper Hjulmand encaixaram o golpe fatal. Maehle avançou pela esquerda, chegou à linha de fundo e fez lindo cruzamento de trivela. Dolberg, à frente da marcação dos tchecos, apenas completou para a rede.
Em um olhar geral, o jogo foi parelho. A posse de bola ficou praticamente dividida em 50% para cada seleção. No entanto, a qualidade da Dinamarca na conclusão fez a diferença e criou um abismo no placar. A República Tcheca correu e se esforçou, mas não foi capaz de ameaçar os rivais. Com qualidade e inteligência, os dinamarqueses iam garantindo uma classificação justa e tranquila.
Segundo tempo
A República Tcheca voltou para a segunda etapa com uma postura totalmente diferente. Em menos de dois minutos, fez o goleiro Schmeichel trabalhar por duas vezes, fazendo ótimas defesas. Aos 4, porém, não deu pra evitar: o artilheiro Patrik Schick recebeu cruzamento de Coufal à meia altura e finalizou com qualidade, de primeira, no cantinho. O gol relâmpago deu uma sobrevida aos tchecos, que partiram de vez para cima da Dinamarca.
Os dinamarqueses sentiram o gol e demoraram a se reencontrar em campo, sofrendo pressão pelo menos até os 20 minutos. Foi o tempo necessário para assimilar a rápida reação dos tchecos e recuperar a confiança tão marcante da primeira etapa, sabendo usar o desespero do adversário a seu favor na batalha tática dentro de campo.
O panorama, no entanto, era inverso ao do primeiro tempo. A Dinamarca era imprensada em seu setor defensivo, enquanto a República Tcheca rondava a área à procura de espaços. Com alguns cruzamentos perigosos, os tchecos assustavam o goleiro Schmeichel; por outro lado, os dinamarqueses não conseguiam mais encaixar os contra-ataques como antes, ficando presos atrás da linha do meio de campo.
A reação só veio aos 32. Em contragolpe puxado por Wass pelo flanco direito, Poulsen recebeu na meia lua, de frente para o gol, e chutou colocado na gaveta. Vaclík voou e fez linda defesa, evitando o 3 a 1 que, àquela altura, muito provavelmente definiria a classificação dos rivais. Os tchecos não tinham escolha: era avançar em busca do gol de empate e, consequentemente, deixar espaços lá atrás.
Aos 36, Maehle recebeu excelente enfiada de bola de Poulsen e invadiu a área pela diagonal, ficando frente a frente com o Vaclík. Ele preferiu chutar ao invés de tentar o passe para Braithwaite ou Wass e acabou finalizando em cima do goleiro. Os companheiros reclamaram muito, pois era mais uma chance clara de liquidar a fatura e assegurar a classificação.
Embora tenha ensaiado uma pressão final, os tchecos, já esgotados e sem o artilheiro Schick, que saiu lesionado, acabaram não tendo gás para empatar. Desta forma, os dinamarqueses fizeram historia ao alcançar a classificação para as semifinais da Euro 2020 pela terceira vez na historia. Eriksen deve estar orgulhoso.
O adversário sairá do confronto entre Inglaterra e Ucrânia, também neste sábado, às 16h, no Estádio Olímpico de Roma, na Itália.
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