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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, condenou, nesta sexta-feira (3), os insultos racistas "totalmente inaceitáveis" contra os jogadores da Inglaterra durante o jogo de qualificação para a Copa do Mundo de 2022, nesta quinta (2), em Budapeste, e pediu à Fifa que aja.
"É totalmente inaceitável que jogadores da seleção inglesa tenham sido alvo de insultos racistas ontem à noite (quinta-feira) na Hungria", postou Johnson em seu Twitter.
O chefe de governo pediu à Fifa que "tome medidas enérgicas contra os responsáveis para garantir que esse tipo de comportamento vergonhoso seja erradicado para sempre".
Veículos da imprensa britânica, como a BBC e a Sky News, relataram os gritos racistas dirigidos aos jogadores negros Jude Bellingham e Raheem Sterling durante a vitória da Inglaterra por 4 a 0.
"Eu não ouvi", disse o capitão da Inglaterra, Harry Kane, à ITV.
"Vou falar com os rapazes para ver se ouviram alguma coisa", acrescentou.
E, caso isso se confirme, será comunicado à UEFA, afirmou, dizendo esperar medidas enérgicas em resposta.
Pouco antes da partida, os jogadores ingleses também foram vaiados pela maioria dos 60 mil torcedores húngaros por se ajoelharem para denunciar o racismo.
Em 2019, uma partida de qualificação para a Eurocopa 2020, em que a Inglaterra venceu a Bulgária, foi marcada por manifestações racistas. O episódio gerou indignação no Reino Unido e nos organismos europeus de futebol.
Em julho, Johnson anunciou sua intenção de proibir o acesso aos estádios de torcedores que proferirem insultos racistas contra os jogadores na Internet. A declaração foi dada na esteira dos ataques sofridos por três jogadores negros da seleção inglesa, após a derrota na final da Eurocopa 2020 para a Itália.
Gazeta Esportiva