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Projeto da Botafogo S/A prevê título da Libertadores em 2025

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|  Foto: Fernando Soutello/AGIF
Botafogo segue em busca de viabilizar clube-empresa. Foto: Fernando Soutello/AGIF

Maior esperança de reestruturação profissional, o projeto de clube-empresa teve alguns dados vazados pela imprensa nesta sexta-feira (14). O jornalista Rodrigo Capelo, do 'ge.com', teve acesso ao planejamento completo oferecido pela Botafogo S/A aos possíveis investidores.

Este é o terceiro modelo de sociedade anônima montado pelo clube de General Severiano. A primeira tentativa partiu de uma iniciativa dos irmãos botafoguenses Moreira Salles, através de consultoria da Ernst & Young, mas não foi à frente; a segunda foi criação interna, coordenada pelo empresário Laércio Paiva, mas acabou não se concretizando por não conseguir atingir a captação financeira necessária para sair do papel.

O projeto comandado pelo economista Gustavo Magalhães tem projeções bastante ousadas financeira e esportivamente falando. Assim como as duas tentativas iniciais, a ideia é terceirizar o departamento de futebol do clube de General Severiano - assim como ativos e passivos, receitas e despesas atuais.

Existem duas apresentações a serem oferecidas ao mercado. Na primeira, o objetivo é captar R$ 350 milhões, separando R$ 163 milhões para pagar as dívidas e R$ 187 milhões para investimentos no futebol; na segunda, seriam reunidos R$ 550 milhões, sendo R$ 150 milhões para quitar as dívidas e R$ 400 milhões voltados para o lado esportivo.

Em ambas as alternativas, o clube dependeria de uma forte negociação com os credores. Isto porque, segundo o balanço financeiro mais recente, relativo ao fechamento da temporada de 2020, o clube possui R$ 933 milhões em dívidas. Tirando a parte fiscal, já refinanciada através do Profut, restariam cerca de R$ 600 milhões a serem reduzidos através de descontos, acordos e pagamentos à vista.

Se até aí o projeto já pode ser considerado otimista e arriscado, a dimensão aumenta ainda mais ao chegar no âmbito esportivo. Para viabilizar o aporte de dinheiro, o clube estabeleceria metas expressivas para resultados de campo e vendas de jogadores.

Como foi criado ainda durante a temporada passada, o projeto, que não contava com o rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro, já projetava, no mínimo, o vice-campeonato estadual e o 14º lugar no Brasileirão em 2021. A partir daí, estimando um time de alto nível mediante investimento, o clube empilharia títulos na década, como a Copa Libertadores já em 2025 - além do Brasileirão e a Copa do Brasil em 2026.

O projeto inclui também um forte retorno financeiro através de premiações e vendas de atletas. Em 2025, a projeção é de chegar ao patamar de meio bilhão de reais - saindo da casa dos R$ 40 milhões anuais, esperados atualmente, para R$ 140 milhões.

A profissionalização e a criação da sociedade anônima são promessas de campanha do presidente eleito Durcésio Mello. Ele afirmou que a intenção é vender pelo menos 51% para alguma grande empresa internacional - como o especulado Grupo City, dono de diversos clubes pelo mundo, sendo um deles o Manchester City, atual finalista da Liga dos Campeões, tornando-o sócio majoritário do projeto.

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