O processo de profunda reestruturação do Botafogo, comandado pelo novo CEO do clube vem mexendo com o dia a dia do Alvinegro. Após enxugar o quadro de funcionários e divulgar uma nota oficial detalhando os próximos passos da gestão de Durcésio Mello, Jorge Braga chegou ao departamento de futebol - e alguns movimentos geraram uma trito entre ele e o diretor de futebol, Eduardo Freeland.
Isto porque o minucioso mapeamento de intervenções necessárias tem passado pela montagem do elenco visando a Série B do Campeonato Brasileiro. Após anunciar publicamente que contrataria um departamento profissional de scouting para mapear novos reforços, Jorge tem atuado nos bastidores cobrando Freeland a respeito de algumas contratações, seus desempenhos em campo e o reflexo financeiro que vêm causando aos cofres do clube.
Freeland, que foi contratado antes de Braga e sempre teve carta branca para trabalhar, sentiu-se ameaçado com as cobranças. Informações internas dão conta de que, inclusive, algumas negociações adiantadas com reforços para o Brasileirão foram travadas pelo CEO - o que gerou algumas rusgas entre as partes. Fontes ligadas ao clube afirmam que a situação pode causar a saída de Eduardo caso ele sinta que teve sua autonomia prejudicada.
Por ora, a situação foi contornada internamente. A ideia da diretoria é de integração; enquanto Jorge aprende um pouco sobre o mercado da bola, Freeland entende melhor o cenário financeiro do clube e minimize os prejuízos. No comunicado direcionado à imprensa e aos torcedores, Braga admitiu a necessidade de reforços pontuais que qualifiquem o time titular visando o acesso à Série A.
Até agora, o Botafogo anunciou 12 reforços: : Douglas Borges, Jonathan, Gilvan, Joel Carli, Ronald, Ricardinho, Pedro Castro, Matheus Frizzo, Marcinho, Felipe Ferreira, Marco Antônio e Rafael Carioca - este último, muito questionado pela torcida após ser indicado pelo técnico Marcelo Chamusca, inclusive, pode não atuar mais com a camisa alvinegra. Ele entrou em campo apenas duas vezes.
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