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Vinte clubes e 33 treinadores: a dança das cadeiras na Segundona Estadual
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Siga o Enfoco no Google NewsA Série B1 do Campeonato Carioca chegou ao fim no último sábado, 29 de setembro, consagrando America e Americano, que conquistaram o tão sonhado acesso à Seletiva da elite. Os rubros ainda festejaram o título da competição, que teve como finalistas duas equipes que mantiveram os mesmos treinadores do início ao fim, contrariando a tradicional dança das cadeiras que é rotina no futebol nacional.
Ao todo foram 33 treinadores diferentes trabalhando nos 20 clubes da Segundona. Nove equipes tiveram um só profissional ocupando a função - número que pode ser considerado interessante. Em compensação, outras 11 agremiações trocaram ao menos uma vez de comando. Barcelona e Carapebus, rebaixados, foram os recordistas, com três técnicos cada.
Dos nove clubes que mantiveram o mesmo treinador, dois foram coroados com a glória máxima: America e Americano foram os dois primeiros colocados e faturaram o acesso. Audax (4º), Friburguense (6º) e São Gonçalo (9º) também ficaram entre os 10 primeiros, enquanto Duque de Caxias (11º), Gonçalense (14º), Angra dos Reis (15º) e Santa Cruz (19º) encerraram na segunda metade da tabela - o Santinha foi rebaixado.
Sampaio, Bonsucesso e Serrano: trocas favoráveis
Há quem tenha mudado o técnico e colhido bons frutos. O Sampaio Corrêa, que oscilou com Antônio Carlos Roy na Taça Santos Dumont, apresentou arrancada das mais impressionantes com Luciano Quadros (foto abaixo), sendo eliminado apenas na semifinal geral, vendo o inédito acesso escapar no confronto diante do America.
O Bonsucesso, que teve desempenho tímido com Toninho Andrade, se transformou em protagonista na Taça Corcovado a partir da chegada de Emanoel Sacramento. O resultado foi a classificação às semifinais do segundo turno, fase em que saiu da competição ao empatar sem gols com o Sampaio Corrêa, que tinha a vantagem da igualdade.
O Serrano, por sua vez, parecia fadado ao rebaixamento sob o comando de Marcelo Olimpio. Numa medida de emergência, Alex Arruda, até então gerente de futebol, assumiu a função e conseguiu ao menos os resultados necessários para evitar a queda do Leão de Petrópolis, que saiu do Z-3 na reta final da Série B1.
Instabilidade custa caro
Carapebus e Barcelona, com três comandantes cada, demonstraram na prática que a instabilidade interna não foi nada favorável. O time do Norte Fluminense começou a caminhada com Samarone Oliveira (foto abaixo), em seguida viu Mauro Rodrigues assumir, mas terminou mesmo com Ronaldo Junior. Este último teve o melhor desempenho, mas sem fôlego suficiente para evitar o descenso.
No Barcelona a história foi parecida. Mazolinha iniciou no cargo, mas pediu demissão. Leandro Ferreira, até então preparador físico, assumiu um time frágil e acabou saindo na penúltima rodada. Wagner Andrade tentou, em vão, conter a sangria. Sem sucesso. O destino do Barcinha também foi a queda à Terceirona.
Clubes que mantiveram o treinador
America: Luisinho Lemos
Americano: Josué Teixeira
Angra dos Reis: Leandro Silva
Audax Rio: Eduardo Àllax
Duque de Caxias: Júlio Marinho
Friburguense: Cadão
Gonçalense: Thiago Thomaz
Santa Cruz: Milson Ferreira
São Gonçalo: Renato Alvarenga
Clubes que trocaram de comando
Artsul: Hermes Junior e Cleimar Rocha
Barcelona: Mazolinha, Leandro Ferreira e Wagner Andrade
Barra da Tijuca: Eduardo Hungaro e Lira
Bonsucesso: Toninho Andrade e Emanoel Sacramento
Carapebus: Samarone Oliveira, Mauro Rodrigues e Ronaldo Junior
Itaboraí: Chiquinho Lima e Rafael Soriano
Olaria: Paulo Pedro e Ademir Fonseca
Sampaio Corrêa: Antônio Carlos Roy e Luciano Quadros
Serra Macaense: Luiz Felipe Santos e Rodrigo Rodrigues
Serrano: Marcelo Olimpio e Alex Arruda
Tigres: Mário Junior e Duílio
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