Filipe Vianna - Segue o Jogo

Botafogo perde gerente de futebol para o Palmeiras. Conheça Anderson Barros

Na noite desta quarta-feira (11), Anderson Barros pediu demissão do Botafogo. Foto: Agência Palmeiras

Que o Palmeiras estava sem um gerente de futebol após a saída de Alexandre Mattos todos sabíamos. Que o Palmeiras foi atrás de Diego Cerri, do Bahia, e Rodrigo Caetano, do Internacional, também todos sabíamos. Mas ninguém esperava que viesse do Rio o novo contratado alviverde.

Na noite desta quarta-feira (11), Anderson Barros pediu demissão e foi atendido prontamente pelo presidente do Botafogo, Nelson Mufarrej, que o liberou. Anderson estava no clube desde 2018 quando o atual presidente tomou posse. Muito criticado – afinal, esse período foi muito negativo para o Botafogo – o dirigente passava por turbulência com a torcida. Mas antes vamos relembrar o bom passado dele.

Tempos de Glória

Um dos tempos mais vitoriosos do Bota, recentemente, foi quando o time tinha Clarence Seedorf. A contratação do holandês foi sensacional e alavancou o clube. Anderson Barros foi o responsável por isso. Ele estava na diretoria, no mesmo cargo que ocupava recentemente, quando o clube teve Elkeson também brilhando.

O episódio mais notório foi quando Barros entrou em discussão pública com o então presidente Maurício Assumpção. Maurício não era nem um pouco fã da contratação de Loco Abreu. Isso porque ele acreditava que isso iria “afastar” o artilheiro e ídolo Dodô.

Bom, Dodô foi embora depois, Loco veio e o resto você sabe: Abreu se tornou um dos maiores ídolos da história alvinegra e foi graças ao então dirigente que o bancou.

Os problemas apareceram

Apesar dos bons episódios citados acima, um ponto super negativo era a folha salarial do time. Élkeson e Loco Abreu correspondiam em campo, mas traduziam uma folha enorme, acima do necessário para o clube. Aparentemente, se as coisas estão funcionando bem, isso não demonstra ser um problema. A questão é quando tudo desaba e o peso financeiro vem.

Anderson chegou a trabalhar no Vasco no fim de 2016 até 2017. Mas sua saída foi comemorada pelos torcedores. Ao voltar para o Botafogo na gestão do presidente Mufarrej, ele pegou uma situação complicada e piorou ainda mais quando o rebaixamento apareceu de cara neste Brasileirão.

Apesar das críticas do ex-presidente e presidente do conselho do Clube, Montenegro, Anderson bancou Alberto Valentim e o trouxe sob a promessa de não jogar a série B ano que vem. Bom, isso funcionou. E o planejamento para 2020 estava escrito. Mas dois dias depois, o Palmeiras apareceu, levou e agora o Botafogo está à mercê de “quem virá”.

Uma coisa é certa: o barco está afundando. Uma folha que hoje é de 3 milhões de reais, já está prevista para virar 1 milhão ano que vem. Sem contar que, se o nível do time hoje está abaixo do esperado, pode ser que fique pior. Até descobrirmos tudo isso, a Estrela Solitária segue sem um gerente de futebol e, de certo, somente o técnico Valentim.

Filipe Vianna - É um apaixonado por análises táticas e coberturas esportivas. Ele fala sobre futebol e o mundo dos esportes.

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