Filipe Vianna - Segue o Jogo

Botafogo perde para o Inter com dois gols anulados pelo VAR

Jogo aconteceu neste sábado. Foto: Vitor Silva / Botafogo

O Glorioso recebeu o líder do Brasileirão e saiu derrotado, mas o destaque foi a polêmica de seus dois gols anulados pelo árbitro de vídeo.

Três clubes ainda não perderam no Campeonato Brasileiro de 2020. Mas, após a última rodada, restaram apenas dois destes: Grêmio e Palmeiras. Isso porque o Botafogo saiu derrotado da partida disputada contra o líder da competição, o Internacional de Porto Alegre.

A equipe de Paulo Autuori estava invicta até o confronto realizado no último sábado (29). Agora, o alvinegro estaciona na 11ª colocação; enquanto o Colorado dorme no local mais alto do pódio.

O jogo

Quando a bola rolou era esperado que a melhor equipe da competição fizesse um jogo para ganhar, como tem sido. E foi exatamente o que aconteceu. Aproveitando-se de uma formação com três zagueiros que não foi muito bem recebida pelos atletas do Botafogo, o time do Rio Grande do Sul abriu a contagem logo aos cinco minutos com Thiago Galhardo – que por sinal é o artilheiro do campeonato com quatro gols até aqui.

Quem esperava um Botafogo bem postado e preparando para dar o bote em um contra-ataque, como fez contra o Atlético Mineiro, se deparou com uma equipe um pouco confusa. O comandante do time carioca pensou, como citado anteriormente, em um time com três zagueiros e dois centroavantes – no caso, Pedro Raul e Matheus Babi. No entanto, essa concepção de jogo não foi obteve o resultado esperado para o Glorioso. Isso porque os atacantes ficaram muito isolados, os volantes sobrecarregados e criou-se um vácuo no círculo central do campo, proporcionando ao adversário que ocupasse e dominasse o terreno do meio-campo.

Desde a contusão de Paolo Guerrero que rompeu os ligamentos do joelho e está fora do ano, Eduardo Coudet – argentino, treinador do Inter- propôs um time com domínio central e saída em bloco e deu certo. Boschilia foi quem fez o segundo gol da equipe do Sul e foi possível ver um ataque com Thiago Galhardo, D’Alessandro, o próprio Boschilia, Edenílson e Patrick. Quem pensava que jogar sem centroavante faria o Inter recuar, se enganou. É possível ver um ataque composto por quatro, até cinco atletas ditos meio-campistas ou volantes. 

A partir do momento em que chegou ao segundo gol, ainda no primeiro tempo, o Campeão mundial de 2006 apenas teve o trabalho de administrar o jogo e se encaminhar para a sua quinta vitória na competição e ficar à frente do vice-líder, São Paulo, em dois pontos.

O VAR e o Botafogo

No meio da primeira etapa, o Botafogo até conseguiu equilibrar a partida, antes mesmo de levar o segundo gol. Mas, a equipe do Rio só chegou ao fundo das redes aos 42’ com Matheus Babi. Após boa troca de passes entre Caio Alexandre e Rhuan, a bola sobrou para o atacante que fuzilou e Marcelo Lomba nada pôde fazer.

Babi fez dancinha, apontou para a câmera, vibrou, porém, quando Bráulio Machado – árbitro da partida - esticou o braço pedindo calma, pois estava ouvindo o que estavam dizendo na cabine do Árbitro de vídeo, os atletas botafoguenses ficaram apreensivos. E com razão. Foi marcado um impedimento de Rhuan, no início da jogada. Foi constatado que ele estava realmente adiantado por centímetros e então o gol foi anulado.

No segundo tempo, a Estrela Solitária voltou a fazer gol. Matheus Babi, novamente, disputou com Patrick a bola que sobrou para Marcelo Benevenutto. O zagueiro devolveu para o camisa 11 que cruzou na medida para Bruno Nazário marcar. Enquanto havia comemoração, mais uma vez foi feito o gesto de espera pela revisão do lance pelo VAR. Quando o árbitro de campo foi chamado ao monitor, foi constatada que a dividida entre Babi e Patrick havia sido faltosa; portanto, gol anulado e amarelo para o botafoguense.

Sálvio Espíndola, comentarista de arbitragem da TV Globo comentou no momento do lance que esta disputa marcada como falta, realmente teve sua marcação corretamente. No entanto, para ele, o jogo prosseguiu o suficiente para o Inter recuperar a bola e, somente depois de alguns instantes, o gol saiu. Sendo assim, não deveria ser revista a dividida por não ser considerado “a origem do lance de gol”.

Na saída do jogo, Gatito Fernández – goleiro do Bota – chutou a cabine do VAR que ficava na saída para o vestiário e derrubou o monitor. Espera-se, agora, a punição que será recebida pelo arqueiro alvinegro.

Filipe Vianna

Filipe Vianna - É um apaixonado por análises táticas e coberturas esportivas. Ele fala sobre futebol e o mundo dos esportes.

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