Vadão (finalmente) é demitido da Seleção Brasileira Feminina

Todo jornalista que se preze sabe que a imparcialidade é fundamental. Mas, convenhamos, todos torcíamos para a demissão de Vadão. Era nítido que a Seleção estava jogando muito abaixo que suas adversárias.

A sobrevivência até às oitavas é totalmente credenciada às jogadoras que comandam a equipe como Cristiane e Marta; E às boas atuações de Debinha, Mônica e Formiga. No entanto, tecnicamente era um time muito abaixo do que se esperava, muito mesmo.

Quem viu a derrota para a Austrália por 3 x 2 de virada, percebeu que era apenas um bando de meninas correndo em campo, sem tática alguma, sem comando algum. Pois bem, Vadão foi demitido pelo presidente da CBF Rogério Caboclo.

Vale lembrar que essa é a segunda passagem do treinador pela Seleção Feminina. Em 2016, era ele o comandante da equipe que conquistou o 4º lugar nas Olimpíadas do Rio. Logo após, ele saiu. E logo após de novo, ele voltou sendo recebido por uma chuva de críticas. Nessa segunda vez à frente da equipe, Vadão chegou à marca incrível de NOVE derrotas seguidas antes da Copa Do Mundo FIFA disputada na França vencida pelas americanas.

Para o seu lugar, Pia Sundhage, sueca, bi-campeã com a Seleção dos Estados Unidos de futebol e atual técnica do sub-16 da seleção sueca, foi consultada e disse “sim” para ouvir uma proposta. Agora o caminho está livre para a negociação. A ideia de reformulação passa também pelo coordenador Marco Aurélio Cunha que também pode sair nos próximos dia.

Você acompanha aqui, no Plantão Enfoco, todas as atualizações sobre a Seleção Feminina. Confira abaixo, na integra, a nota oficial da CBF sobre a demissão de Vadão.

"Após um ano e dez meses, em sua segunda passagem pela CBF, o técnico Oswaldo Alvarez, Vadão, deixa o comando da Seleção Brasileira Feminina.

Vadão dirigiu a Seleção nos Jogos Olímpicos Rio 2016, ficando em quarto lugar, e em duas edições de Copas do Mundo, no Canadá em 2015 e na França em 2019. Conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos Toronto 2015, além de duas Copas América, em 2014 e 2018, sendo que esta última garantiu a vaga no Mundial da França e nas Olimpíadas de Tóquio 2020.

A CBF está trabalhando para a definição do próximo nome a dirigir a Seleção Feminina Principal no prazo mais curto possível. Agradecemos ao treinador Vadão pelo trabalho e dedicação, reiterando por ele nosso respeito pessoal e profissional."

Filipe Vianna - Blog Segue O Jogo