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    Alunos da UFF criam aplicativo de viagem para mochileiros

    Publicado 19/07/2018 às 9:45 | Autor: Redação
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    Imagine poder viajar com uma plataforma mostrando o seu perfil de viagem em função de seus gostos e interesses, com informações sobre os principais pontos turísticos, hotéis e bares da cidade, sempre com dicas que cabem no seu bolso? Essa é a proposta do Local Cave, um planejador de viagens desenvolvido pelos alunos de Engenharia de Produção da UFF, Pedro Franklin, Rodrigo Tagliari e Vinicius Cezar Souza.

    No aplicativo, o usuário participa de um quiz inicial para descobrir o seu perfil de viajante, para, em seguida, poder montar o seu próprio roteiro de viagem. O app, ainda em fase inicial, abrange por enquanto apenas a cidade do Rio, mas, segundo um de seus idealizadores, Pedro Franklin, o próximo passo é expandir o serviço para cidades adjacentes que estejam na rota dos mochileiros, como Ilha Grande, Arraial do Cabo, Búzios, Petrópolis e Paraty. “Temos o objetivo de até o fim do ano chegar a essas outras cidades e a partir disso fechar toda a principal rota mochileira do país”, afirma Franklin.

    Pedro também conta que a inspiração para o projeto surgiu da própria experiência dos três sócios em viagens como mochileiros. “Tivemos a oportunidade de viajar pela América Latina, Europa, Oceania e Ásia, sempre estando em contato com gente de todo o mundo, e onde quer que fôssemos sentíamos falta de informação certa do que fazer”, revela.

    No início, os alunos criaram um blog para disseminar a cultura mochileira, mas conforme o tempo passou e a possibilidade de aprimorar a ideia surgiu, eles resolveram criar o planejador de viagens. No site, o usuário não precisa se cadastrar para ter acesso ao seu roteiro temático, basta seguir 4 passos: fazer o quiz do viajante; escolher o destino de viagem; montar a sua própria viagem e gerar o roteiro personalizado.

    Atualmente, o Local Cave participa de eventos da Startup Rio, uma iniciativa público-privada que visa fomentar a cultura de empreendedorismo no Rio, em parceria com a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado e de órgãos como a Faperj. Em abril deste ano, eles se classificaram para um período de 3 meses de convivência no programa ao ficarem em segundo lugar no prêmio Hackatour, uma maratona de programação focada em desenvolver soluções para o turismo do Estado, promovida pelo Sebrae. “Na Startup, trabalhamos compartilhando o espaço com outros projetos da cidade que foram selecionados pelo governo para desenvolverem seus planos. Estamos usufruindo do espaço e construindo uma rede de contatos com outras startups”, contam os alunos.

    O Local Cave

    O nome “Local Cave” vem do Mito da Caverna de Platão, promovendo a alusão à saída das cavernas a partir de uma experiência genuína de viagens. O “Local”, de acordo com eles, tem o propósito de fazer com que as pessoas se sintam em casa em qualquer lugar do mundo utilizando o serviço da plataforma. “Partimos da ideia de que as viagens fazem as pessoas saírem de suas próprias “cavernas”, expandindo as suas noções de possibilidades e sonhos através da troca cultural, por isso o nome traz a analogia da saída das cavernas a partir de uma experiência genuína de viagens”, explica Pedro.

    Assim, o aplicativo enfrenta o desafio de transformar o modo analógico de como se viaja para a América Latina em digital. Para Rodrigo Tagliari, isso se deve em função da ampliação das informações propiciadas pela internet. “Agora, com cada vez mais dados sendo criados e armazenados, as empresas podem melhorar a experiência dos turistas. Através da análise de dados, é possível identificar o comportamento dos viajantes e suas preferências, de modo que seja possível traçar o seu perfil e oferecer serviços personalizados”, explica.

    Além disso, o aluno conta que da mesma maneira que o Youtube recomenda vídeos para os usuários, de acordo com seus interesses, as empresas poderão utilizar esses conhecimentos de algoritmos em viagens. “O que nos propomos a fazer é criar um sistema de recomendação tanto para a hospedagem quanto para as atividades a partir da coleta de dados do check-in do hóspede. Ou seja, o viajante não vai precisar gastar horas procurando algo do seu gosto, essa é a forma analógica de viagem”, ressalta. Seu parceiro no projeto, Pedro Franklin ainda completa: “Hoje o planejamento de viagens é totalmente analógico. Sonhamos em tornar digital o modo de como se viaja para toda a América Latina”.

    A alma mochileira já foi tema de muitos filmes e obras literárias, mas segue a inspirar novos viajantes pelo mundo. Isso, para os alunos do projeto, também serve de motivação para seguir investindo esforços no planejador de viagem. “O mochileiro é um cara que não se importa com luxo, com o conforto de um hotel cinco estrelas. O coração mochileiro é o que quer ter experiência cultural, viajar para entrar em contato com outras culturas, conhecer pessoas, fazer amizades, se divertir e ao mesmo tempo descobrir o mundo. Pensando em proporcionar a esses viajantes a melhor experiência possível, surgiu a ideia do Local Cave”, conclui Pedro.

    Fonte: UFF

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