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    Investigação

    Ameaças de morte em massa contra deputadas de São Paulo

    Parlamentares receberam mensagens misóginas e racistas

    Publicado 12/06/2025 às 21:34 | Autor: Agência Brasil
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    As parlamentares receberam as ameaças no dia 31 de maio
    As parlamentares receberam as ameaças no dia 31 de maio |  Foto: Alesp / Divulgação

    O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), órgão da Polícia Civil de São Paulo, vai investigar as ameaças de estupro e de morte que foram endereçadas por e-mail para todas as parlamentares mulheres da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O inquérito será feito por meio da Delegacia de Polícia sobre Violação de Dispositivos Eletrônicos e Redes de Dados da Divisão de Crimes Cibernéticos (Dcciber).

    “Diligências estão em andamento para identificar a autoria do delito. Mais detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial”, diz a nota encaminhada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo,

    Até o momento, ninguém foi preso. A abertura das investigações foi confirmada às deputadas na quarta-feira (11), mais de uma semana depois de elas terem protocolado notícia-crime sobre o episódio, no dia 2 de maio.

    No documento, as parlamentares pediram a “apuração de ameaças misóginas e racistas” que foram encaminhadas a elas e citaram que a mensagem criminosa citava tentativas de invasão à Alesp com uso da força armada e continha ameaças de violência sexual, de lesão corporal grave, de maus-tratos a animais, de estupro coletivo e corretivo e de feminicídio. Além disso, a mensagem era racista.

    As parlamentares receberam as ameaças no dia 31 de maio. Nem todas receberam o e-mail com as ameaças, mas a mensagem criminosa era endereçada a todas.

    O homem que assina o e-mail já foi identificado pela polícia e é investigado, mas ele alega que é inocente e que teve seus dados utilizados na mensagem como forma de incriminá-lo. O celular e o computador do suspeito, de 28 anos, foram apreendidos para perícia.

    “Nossa expectativa é que a Polícia chegue logo ao autor ou autores desse crime, pois seguimos trabalhando, naturalmente expostas pela atividade pública que desempenhamos, e quase duas semanas depois, ainda não temos respostas”, disse, em nota, a deputada Andréa Werner, líder do PSB na Casa e uma das quatro parlamentares nominadas no texto do e-mail.

    Segurança

    Segundo as deputadas, a Alesp começou a elencar pontos vulneráveis de segurança que serão postos em um documento a ser entregue pelas forças policiais à presidência da Casa. Mas, até agora, afirmam, nada foi feito para que fosse garantido segurança para as parlamentares.

    Por meio de nota, a Alesp informou que há um compromisso da Casa com “a segurança de todos que atuam direta ou indiretamente no Parlamento Paulista” e que “os protocolos de segurança para acesso ao prédio do Legislativo foram ainda mais reforçados e as polícias militar e civil foram acionadas para apuração do ocorrido”.

    Na semana passada, a deputada Beth Sahão (PT) fez uma solicitação para que a Polícia Federal também passe a investigar o caso.

    “Eu encaminhei o e-mail que recebi à Polícia Federal e eles abriram um inquérito”, disse ela.

    O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, também decidiu designar um promotor de Justiça para acompanhar as investigações.

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