Vai subir
Aneel aciona bandeira vermelha 2 e conta de luz fica mais cara
Aumento passa a valer neste domingo
A conta de luz vai pesar mais no bolso do consumidor a partir deste domingo (1) com o acionamento da bandeira tarifária vermelha patamar 2, o nível mais alto, pela primeira vez em mais de três anos. O aumento adiciona R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
A medida, anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na noite de sexta-feira (30), é resultado da previsão de que os reservatórios das hidrelétricas operem com afluência cerca de 50% abaixo da média histórica.
A última vez que a bandeira vermelha 2 havia sido acionada foi em agosto de 2021, durante a crise hídrica. No mês de julho deste ano, a Aneel já havia elevado a bandeira para o nível amarelo, após um período de bandeira verde em que não há cobrança adicional. Em agosto, a agência havia retornado para a bandeira verde, mas a situação voltou a se agravar com a persistente falta de chuvas.
De acordo com a Aneel, o cenário atual de escassez hídrica combinado com temperaturas acima da média em todo o país está forçando a operação de usinas termelétricas, que possuem um custo de produção de energia mais elevado do que as hidrelétricas.
“Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o país, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais”, informou a agência.
Bandeira vermelha 2
A definição da bandeira tarifária considera três indicadores principais: o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), o Custo Marginal da Operação (CMO), o nível de risco hidrológico (GSF) e a Geração Fora do Mérito de Custo (GFOM), que ocorre quando há a necessidade de operar usinas com custo superior ao estipulado pelo PLD. Para o mês de setembro, o GSF e o PLD foram determinantes para o acionamento da bandeira vermelha patamar 2.
O sistema de bandeiras tarifárias, criado em 2015, tem como objetivo informar os consumidores sobre os custos da geração de energia no Brasil e reduzir os impactos nos orçamentos das distribuidoras.
Antes, o custo adicional da energia em períodos de baixa produção hídrica era repassado aos consumidores apenas no reajuste anual das tarifas, com a inclusão de juros.
Com o modelo atual, esses custos são repassados mensalmente às distribuidoras por meio da "conta Bandeiras", minimizando o acúmulo de encargos financeiros.
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