Parou
Às vésperas do Natal, greve de pilotos afeta voos
Voos estão sendo remarcados e filas já são registradas
Com o aumento no número de voos por conta das festas de fim de ano, uma paralisação de pilotos e comissários de aviões acontece no início da manhã desta segunda-feira (19). Os profissionais pedem reajuste acima da inflação e melhores condições de trabalho.
Os aeroportos Tom Jobim (Galeão) e Santos Dumont estão com voos suspensos das 6h às 8h. A paralisação dos profissionais deve seguir nos próximos dias.
Pelo menos um voo que sairia do Rio para Brasília foi remarcado para as 14h. A categoria pede recomposição das perdas inflacionárias; melhorias nas condições de trabalho; renovação da convenção coletiva de trabalho; definição dos horários de início de folgas e cumprimento dos limites já existentes do tempo em solo entre etapas de voos.
A categoria também destaca o trabalho durante a pandemia, uma vez que a aviação não parou e continuaram trabalhando. Eles alegam também redução nos salários.
Além do Rio, os reflexos da greve ocorrem nos aeroportos de São Paulo, Campinas, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza. A proposta apresentada neste final de semana pelo vice-presidente do TST, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, prevê reposição de 100% da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais aumento real de 0,5%. Os percentuais incidem sobre os salários fixos e variáveis.
O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Henrique Hacklaender, destacou que além do ganho real sobre os salários, a categoria quer melhores condições de descanso.
Os trabalhadores reivindicam pontos como a proibição de alteração dos dias de folga e o cumprimento dos limites já fixados do tempo em solo entre etapas de voos.
“É óbvio que um tripulante cansado e mal remunerado pode representar um risco à aviação”, ressaltou o presidente do sindicato ao comunicar o resultado da votação da categoria.
Liminar
Na última sexta-feira (16), a ministra do TST Maria Cristina Peduzzi determinou que deve ser garantido o mínimo de 90% de pilotos e comissários em serviço durante a greve. A decisão foi motivada por uma ação do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea).
Na decisão, a ministra negou o reconhecimento da abusividade da grave, mas determinou que deve ser mantido percentual mínimo de aeronautas em serviço.
Agência Brasil
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