Surreal

Atendentes de call center obrigados a trabalhar com cadáver ao lado

Caso aconteceu na Espanha e revoltou funcionários

Funcionários foram obrigados a trabalhar por mais de duas horas com cadáver ao lado
Funcionários foram obrigados a trabalhar por mais de duas horas com cadáver ao lado |  Foto: Divulgação/Freepik
 

Imagina você estar no seu ambiente de trabalho, e um colega passar mal e falecer? Parece até uma cena de filme. E agora imagina você ter que continuar trabalhando com o corpo da pessoa morta ao lado? Mais surreal ainda. No entanto isso aconteceu em um call center em Madri, na Espanha, onde uma mulher de 57 anos infartou e seus companheiros foram obrigados a continuar trabalhando por mais de duas horas com o cadáver ao lado. O caso aconteceu na semana passada, e a informação é do jornal espanhol ''El País''.

A vítima se chamava Inmaculada, mas era carinhosamente apelidada de Inma pelos seus colegas e trabalhava na empresa há 15 anos. Segundo relatos, a telefonista levantou a mão acenando que precisava de ajuda, mas na verdade ela precisava era de atendimento médico. Logo em seguida, ela caiu da cadeira e foi ajudava por companheiros que estavam próximos, que até tentaram reanimá-la mas não obtiveram sucesso.

Uma equipe médica foi acionada para o local, mas meia hora após o incidente, Inma foi declarada morta. Após o caso, os funcionários sugeriram aos responsáveis para que eles fossem para casa. Mas para a surpresa de todos, eles foram orientados a permanecer no local e continuar o procedimento de atendimento aos clientes, mesmo com o cadáver no local.

Segundo os funcionários, a rotina de trabalho é bem corrida e intensa. A cada uma hora de trabalho, eles têm direito a apenas cinco minutos de intervalo. E a cada ligação finalizada, os trabalhadores tem apenas 23 segundos para preencher todos os dados dos clientes em uma ficha, pois esse é o tempo que o robô leva para discar automaticamente para outra pessoa.

No dia seguinte após a tragédia, a mesa onde Inma trabalhava ficou rodeada de flores, fotos e homenagens. Após a repercussão, a Confederação de Trabalhadores de Telemarketing da Espanha afirmou que houve falta de empatia, respeito e humanidade com os funcionários. 

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