A ativista ambiental Greta Thunberg foi detida nesta quarta-feira (1º), em Oslo, capital da Noruega, depois de participar de protestos com indígenas. O ato aconteceu por conta dos manifestantes serem contra a instalação de turbinas eólicas nas terras do povo originário Sami.
Thunberg estava no protesto no centro da capital norueguesa desde segunda. As 151 turbinas instaladas no centro do país podem gerar energia para 100 mil casas norueguesas.
Vários jovens ativistas Sami ocuparam o saguão do ministério norueguês de petróleo e energia, exigindo o fim das contínuas violações dos direitos humanos. Ontem [terça] à noite, enquanto os manifestantes dormiam pacificamente, a polícia chegou sem avisar e os levou embora. "Hoje somos centenas reunidas e ocupando o ministério, para fechar todo o prédio. Não é justificável que um ministério desrespeite os direitos indígenas e continue causando mais danos", disse a ativista através das redes sociais.
Segundo líderes do povo indígena, o barulho gerado pelo equipamento espanta as caças e está numa terra tradicional do povo. Há dois anos, a suprema corte do país decidiu que o parque eólico fosse desativado, mas mesmo após a sentença, as turbinas continuam em funcionamento. Segundo a polícia, a ativista já foi liberada.
Prisão
No início do ano ela já havia sido conduzida à delegacia junto com um grupo de ativistas na cidade de Lutzerath, na Alemanha. À época, Greta protestava contra o desmoronamento de uma vila devido a obras de expansão de uma mina de carvão mineral a céu aberto. Na ocasião, três policiais levaram a jovem carregada.
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