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    Brasil e Áustria firmam acordo de cooperação tecnológica

    Publicado 22/06/2019 às 16:33 | Autor: Plantão Enfoco
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    Os ministros Marcos Pontes e Iris Elisa Rauskala assinam acordo. Foto: Governo Federal

    Brasil e Áustria fecharam nesta semana, em Viena, um acordo de cooperação tecnológica visando a estabelecer maior colaboração em pesquisa científica, tecnológica e inovação entre os dois países.

    O acordo foi assinado pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, ministro Marcos Pontes, e pela ministra da Educação, Ciência e Cultura da Áustria, Iris Elisa Rauskala.

    O acordo prevê que as partes incentivem e apoiem o desenvolvimento de atividades em ciência e tecnologia entre as  instituições de ensino superior, órgãos governamentais e centros nacionais de pesquisa científica e tecnológica dos dois países.

    Uma das metas, diz o texto, "é estabelecer um arcabouço para a cooperação em pesquisa, que irá ampliar e fortalecer a condução de atividades em áreas de interesse comum, assim como encorajar a aplicação dos resultados dessa cooperação para seus benefícios econômico e social”.

    Cidades inteligentes

    Com o acordo, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações deverá buscar parcerias com a Áustria em aplicações tecnológicas no campo de cidades inteligentes. Para tanto, o ministro Marcos Pontes visitou nesta sexta-feira (21) o Seestadt Aspern, projeto de bairro inteligente em Viena, capital austríaca.

    A agenda de Pontes em Viena incluiu também encontros com representantes de organismos internacionais; visita à WeXelerate, maior incubadora de startups da Europa; e a participação na inauguração de um laboratório na área de energia nuclear.

    Nanopropulsores

    Um dos encontros do ministro Marcos Pontes na Áustria foi com o empresário Alexander Reissner, diretor executivo e fundador da empresa austríaca Enpulsion, especializada em motores de propulsão para nano e microsatélites.

    Segundo Reissner, o sucesso da Enpulsion se deu a partir de muita pesquisa inicial. “Vínhamos desenvolvendo essa tecnologia em ambiente acadêmico por anos. Foi quando percebemos que havia um mercado que precisava especificamente dessa tecnologia. Só que, em princípio, a academia não pode fornecer um produto, por isso, seria necessário um veículo para comercializá-lo”.

    “Reissner disse que essa chance veio com o grande apoio recebido das instituições do governo austríaco para a abertura dessa empresa. "Com isso, a gente abriu a empresa e começou a desenvolver a produção com viabilidade comercial. Hoje, vendemos nosso produto para o mundo inteiro — dos Estados Unidos ao Japão, e, é claro, na Europa".

    O ministro Marcos Pontes destacou que uma das vantagens e diferenciais do propulsor da Enpulsion é o fato de ser compacto. “A grande vantagem é essa, o que é ideal para o mercado nesse momento, com nano e microsatélites”.

    Reissner ressaltou que sua empresa comercializa cubos de cerca de 10 centímetros. “São bem pequenos e encaixáveis, como peças de Lego. É por isso que satélites de tamanhos diferentes conseguem juntar vários desses módulos”, explicou.

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