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    Câmara cria comissão para debater queimadas na Amazônia

    Publicado 23/08/2019 às 8:55 | Autor: Plantão Enfoco
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    Ao final da temporada de fogo na Amazônia, o Greenpeace esteve em campo para registrar o estrago deixado pelas queimadas, na região entre os estados do Amazonas, Acre e Rondônia. Foto: Daniel Beitrá/Greenpeace/Arquivo

    O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou nesta quinta-feira (22) que poderá haver missões de parlamentares à Europa para mostrar o compromisso do Parlamento com a preservação ambiental.

    Segundo Maia, é preciso ficar claro que o Brasil não trabalha com o aumento do desmatamento como caminho de ação.

    “Vamos marcar visitas, se necessário for, a alguns parlamentos na Europa para mostrar que o Parlamento brasileiro não pretende aprovar leis que flexibilizem a preservação do meio ambiente.”

    Segundo ele, a comissão para acompanhar as queimadas na Amazônia e a reunião de debate (comissão geral) serão uma ajuda do Parlamento para encontrar soluções.

    “Não estamos procurando culpados, estamos querendo encontrar soluções. O ambiente internacional do Brasil em relação a esse tema está piorando e pode gerar problemas futuros, inclusive para nossas exportações”, disse Maia.

    No início da tarde, Maia anunciou por meio de suas redes sociais que a Câmara vai criar uma comissão externa para acompanhar as queimadas que atingem a Amazônia. Ele também informou que vai realizar uma comissão geral nos próximos dias para propor soluções ao governo sobre o incêndio que ocorre na região.

    Servidores

    Maia comentou também a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de impedir a redução da jornada e dos salários de servidores para que os órgãos se adequem aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF, Lei Complementar 101/00). A decisão, segundo Maia, coloca mais um obstáculo à gestão das contas públicas.

    “Vamos continuar insistindo em uma despesa pública de quase 80% do orçamento federal toda indexada? Vamos continuar contribuindo para essas despesas crescerem sem controle?”, questionou. Para Maia, a redução de jornada e de salário poderia dar condições para estados como Minas Gerais e Rio Grande do Sul “voltarem a funcionar”.

    Nesta quinta-feira (22), o STF formou maioria (6 votos a 4) pela inconstitucionalidade de trecho da LRF que prevê a redução. O julgamento foi suspenso pela ausência do ministro Celso de Mello.

    Privatizações

    O presidente da Câmara também avaliou a agenda de privatizações do governo. Maia afirmou que o Poder Executivo precisa construir argumentos para subsidiar a Casa sobre a necessidade das privatizações de estatais, como a Eletrobras. “O Parlamento é reformista, mas precisa dos argumentos, como nós tínhamos na reforma da Previdência. Esses argumentos que precisam ser construídos pelos ministros da Economia e de Minas e Energia.” O governo federal anunciou nesta quarta-feira (21) a intenção de privatizar 17 empresas.

    (Agência Câmara)

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