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    Carlos Lupi deixa ministério após descoberta de fraude bilionária no INSS

    Saída foi selada em reunião com presidente Lula

    Publicado 02/05/2025 às 18:34 | Autor: Enfoco
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    Substituto de Carlos Lupi já foi definido e também é do PDT
    Substituto de Carlos Lupi já foi definido e também é do PDT |  Foto: Divulgação / Antonio Cruz / Agência Brasil

    Carlos Lupi pediu demissão do Ministério da Previdência Social após pressão decorrente de fraudes bilionárias em benefícios. A decisão foi tomada em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na manhã desta sexta-feira (2), em um movimento que selou o fim de sua gestão à frente da pasta.

    A saída de Lupi ocorre no contexto da operação "Sem Desconto", deflagrada pela Polícia Federal (PF), que investiga cobranças indevidas a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

    Em uma publicação nas redes sociais, Lupi afirmou que sua saída não foi uma confissão de envolvimento nas fraudes, esclarecendo que seu nome nunca foi mencionado nas investigações. Ele reafirmou seu apoio irrestrito às apurações, que buscam identificar e punir os responsáveis pelo esquema de desvio de recursos.

    “Espero que as investigações sigam seu curso natural e punam, com rigor, aqueles que usaram suas funções para prejudicar o povo trabalhador”, escreveu o ex-ministro.

    Substituto é do mesmo partido 

    O presidente Lula chamou o ex-deputado federal Wolney Queiroz, atual secretário-executivo da Previdência, para ocupar o cargo de ministro. A exoneração de Lupi e a nomeação de Wolney serão publicadas ainda nesta sexta em edição extra do Diário Oficial da União. Queiroz é do mesmo partido de Lupi, o PDT. 

    Golpe de mais de R$ 6 bilhões 

    A operação, que começou em abril de 2024, revelou um golpe envolvendo até R$ 6,3 bilhões, com entidades de classe cobrando taxas indevidas de aposentados e pensionistas. O esquema foi identificado pela Controladoria-Geral da União (CGU), que acusou as associações de falsificar assinaturas e realizar descontos na folha de pagamento sem a devida autorização dos beneficiários.

    Embora Lupi tenha sido alertado sobre irregularidades em 2023, ele não tomou providências imediatas. As atas das reuniões do Conselho Nacional da Previdência Social indicam que a primeira notificação oficial ocorreu em junho de 2023, mas o ministro alegou que não havia condições de atuar sem um levantamento mais detalhado. A falta de ação ágil foi um dos fatores que enfraqueceu sua posição, levando à sua saída do governo.

    Após a deflagração da operação "Sem Desconto", que resultou na prisão temporária de seis pessoas e no cumprimento de 211 mandados de busca e apreensão, Lupi e outros membros da cúpula do INSS foram pressionados a se afastar. O então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, também pediu demissão após ser implicado nas irregularidades.

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