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    Cientistas anunciam 7º paciente curado do vírus HIV

    Homem de 60 anos passou por um transplante de medula óssea

    Publicado 18/07/2024 às 21:06 | Autor: Enfoco
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    Conhecido como o “novo paciente de Berlim”, ele foi diagnosticado com HIV em 2009
    Conhecido como o “novo paciente de Berlim”, ele foi diagnosticado com HIV em 2009 |  Foto: Reprodução / Pinterest

    Cientistas anunciaram o 7º caso de cura provável do HIV, nesta quinta-feira (18). O paciente, um homem alemão de 60 anos, recebeu um transplante de medula óssea cujo doador tinha uma mutação genética que o tornava resistente ao vírus. Conhecido como o “novo paciente de Berlim”, ele foi diagnosticado com HIV em 2009 e com leucemia mieloide aguda (LMA) em 2015. Após o transplante, interrompeu o tratamento antirretroviral no final de 2018 e, desde então, o vírus não foi detectado em seu organismo.

    Este caso será apresentado na 25ª conferência internacional de AIDS em Munique, no próximo dia 25. Olaf Penack, médico do hospital Charité, em Berlim, afirmou: "Estamos muito satisfeitos que o paciente esteja em boa saúde e indo bem... nós o consideramos curado do HIV". O paciente comemorou sua recuperação, dizendo: "Uma pessoa saudável tem muitos desejos, uma pessoa doente apenas um".

    Leia +: Americano é a 5ª pessoa no mundo a se curar do HIV

    Christian Gaebler, do Instituto de Saúde de Berlim da Charité (BIH), ressalta que o transplante de células-tronco não é uma solução viável para todos os pacientes com HIV devido aos riscos associados. Ele explica que uma melhor compreensão dos fatores que contribuíram para a cura pode levar a novas terapias imunológicas ou vacinas terapêuticas.

    Diferença dos casos anteriores

    Os casos de remissão do HIV até agora envolveram pacientes que receberam transplantes de medula óssea devido a cânceres hematológicos, de doadores com uma mutação genética que impedia a expressão do receptor CCR5, usado pelo HIV para infectar células. No entanto, o novo caso é diferente, pois o doador possuía apenas uma cópia do gene mutante, tornando a cura ainda mais promissora para futuras estratégias de terapia genética.

    Sharon Lewin, presidente da Sociedade Internacional de AIDS, considera esses resultados animadores. Já Gaebler destaca a surpresa pela cura, mesmo sem o doador ser imune ao HIV: "Isso significa que o fato de que o vírus foi curado aparentemente não é atribuível ao receptor genético CCR5 do doador, mas sim ao fato de que suas células imunes transplantadas eliminaram todas as células infectadas pelo HIV do paciente".

    Apesar das conquistas, outras tentativas falharam, como no caso do “paciente de Genebra”, que recebeu um transplante de um doador sem mutação no gene CCR5.

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